As filas chegaram a quatro quilômetros no único posto que tinha gasolina neste sábado em Florianópolis, localizado no bairro Capoeiras, na região continental. A previsão era de que o combustível, vendido a R$ 4,39, iria durar até o final da tarde.

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– Vou ficar quatro, cinco horas na fila. Tem dois pauzinhos no tanque, tenho que trabalhar na pizzaria, não sei como fazer – afirmou um motoboy que se identificou como Maico e chegou na fila no final da manhã.

Ele esperava não ter o azar do militar aposentado Jaimino Cardoso, que ficou em uma fila em vão em outro posto.

– Quando cheda no posto vem o sinal de negativo, de que acabou, e todo mundo tem que sair. Tem gente que depende do carro para manter a família – lamenta.

A fila virou parte do visual da Rua Silva Jardim, no Centro. No entanto, o posto localizado na esquina com a Menino Deus fechou na noite de sexta-feira e não teria previsão de reabrir. mesmo assim, motoristas deixaram os carros estacionados, à espera da retomada.

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Com o tanque quase vazio, o reciclador José Carlos de Melo cogita uma medida extrema:

– Já fui no mercado, comprei um litro de querosene e, se não tiver gasolina, vou colocar querosene no carro.

O Sindicato do Comércio Varejista de Combustíveis Minerais de Florianópolis calcula que o prejuízo total dos postos da região metropolitana ultrapasse R$ 1 milhão por dia.