Motoristas e cobradores de ônibus de Blumenau fizeram, no início da noite desta terça-feira, uma paralisação no transporte público da cidade.
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Terminais como o do Aterro e da Velha chegaram a ser fechados. A paralisação durou cerca de 15 minutos e os serviços aos poucos retornaram à normalidade.
O protesto relâmpago ocorre contra um projeto de lei encaminhado pela prefeitura de Blumenau que pode tirar da concessionária de transporte coletivo a obrigação de ter cobradores em todas as linhas de ônibus da cidade.
Hoje a lei 6395/2003 diz que o profissional só não será exigido nas linhas Madrugadeiras, Alpinas, Para Todos e nas que tenham baixa demanda, desde que com o aval do sindicato. A nova redação em análise estabelece parâmetros para ¿baixa demanda¿ ao definir que a ausência de cobrador pode ocorrer em linhas com um passageiro ou menos por quilômetro rodado (Índice de Passageiros por Quilômetro equivalente, IPKe, igual ou inferior a um), mas acaba com a necessidade de aval do sindicato dos trabalhadores.
O projeto foi aprovado em segunda votação com 11 votos a favor, dois contra (Adriano Pereira, PT, e Professor Gilson, PSD) e uma abstenção (Jovino Cardoso, PSD). Agora, o projeto segue para a sanção do prefeito Napoleão Bernardes (PSDB).
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A reportagem tentou contato com o presidente do sindicato da categoria (Sindetranscol), Pradelino Moreira da Silva, e com o diretor de Organização e Patrimônio e ex-presidente da entidade, Ari Germer, mas até o fechamento desta matéria eles não haviam atendido nem retornado as ligações. Nas redes sociais, o sindicato mencionou que a lei na prática “abre a porteira para o corte da função de cobrador no transporte público da cidade” e informou que o assunto será discutido na assembleia da tarde desta quarta-feira. Além deste tema, motoristas e cobradores discutirão também na assembleia se aderem à paralisação nacional contra as reformas da Previdência e Trabalhista, que ocorre na sexta-feira.