Em menos de uma hora, dois motoristas de caminhão foram flagrados com comprimidos de “Nobésio Forte”, droga conhecida como rebite, na tarde desta quinta-feira (16) na BR-101, em Biguaçu. Um deles, segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), tinha acabado de ingerir o estimulante.
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O rebite é um comprimido à base de anfetamina que estimula o sistema nervoso central. A primeira apreensão ocorreu às 15h após denúncias de que um caminhão, com placas de Ribeirão Branco/SP, fazia manobras perigosas na rodovia.
Durante a abordagem, a PRF encontrou 157 comprimidos de rebite no interior do veículo. O motorista, de 31 anos, confessou que usou duas unidades da droga para viajar de São José até Florianópolis.
Além disso, segundo a polícia, ele estava com alterações na capacidade psicomotora devido à ingestão dos comprimidos. Ele foi preso e encaminhado à Delegacia de São José.
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Já o segundo caso ocorreu uma hora depois, por volta das 16h, também na BR-101. Dessa vez, um motorista de 39 anos, que dirigia uma carreta com placas de São Bernardo do Campo/SP, foi flagrado com três comprimidos de anfetamina, além de uma pequena quantidade de maconha.
Segundo a PRF, ele já responde um processo por porte da substância e confessou que é usuário da droga. O motorista assinou um termo circunstanciado e foi liberado.

Morte na BR-101 pode ter sido causada por uso do rebite
A discussão sobre o uso da substância por motoristas voltou a ganhar atenção após o acidente que matou uma mulher, de 47 anos, na BR-101 em março deste ano. Na época, o motorista de um caminhão foi preso após atingir um casal de motocilistas no trecho da rodovia que fica em Penha.
Ele arrastou a moto onde estavam as vítimas por 32 quilômetros, enquanto uma delas estava pendurada do lado de fora da cabine do caminhão.
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De acordo com a denúncia do Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), feita no dia 10 de março, o motorista consumiu cocaína e rebite antes do acidente. Além disso, ele não dormia há alguns dias.
“Então, ao agir dessa forma, assumiu o risco (dolo eventual) de matar qualquer das pessoas que cruzassem seu caminho”, disse a promotora Cristina Calceiro de Motta no documento.
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