A prisão em flagrante do homem responsável por atropelar e matar uma jovem de 18 anos em Itajaí, no Litoral Norte de Santa Catarina, foi convertida para preventiva. A defesa pediu que o motorista respondesse ao processo em liberdade, mas a Justiça entendeu que é necessário mantê-lo preso para assegurar a ordem pública. Juciano Marinho Gomes, 35 anos, disse à polícia que atingiu a vítima “sem querer”.
Continua depois da publicidade
> Receba notícias do Vale do Itajaí pelo WhatsApp
Vanessa Tamyris de Oliveira Machowski, 18 anos, esperava um Uber na frente da casa do namorado na noite de domingo (10) quando foi atropelada por uma Tucson e prensada contra um caminhão que estava estacionado na via. O companheiro dela contou à polícia que estava cabine do caminhão pegando algumas roupas, quando o carro passou, parou ao lado da mulher e começou a assediar a jovem.
O rapaz afirma ter repreendido o motorista para que parasse com a atitude. Ainda segundo o namorado da vítima, Juciano apresentava visíveis sinais de embriaguez e deixou o local após a discussão. Porém, voltou cerca de cinco minutos depois indo com o carro direto em direção a Vanessa. Ela chegou a ser socorrida e levada à Unidade de Pronto Atendimento do bairro Cordeiros, localidade onde ocorreu o crime, mas não resistiu.
A vítima foi sepultada na manhã desta terça-feira (12) no bairro Fazenda, em Itajaí. A tia Léia Oliveira lembra da sobrinha como uma pessoa carinhosa, extrovertida, sempre brincalhona e muito querida com todos. Nascida em Rio Azul (PR), Vanessa morava em Itajaí há 11 anos, sonhava em fazer faculdade de estética e abrir o próprio salão. Ela e o namorado estavam juntos há cerca de um ano e meio.
Continua depois da publicidade
Justificativa para mantê-lo preso
Em depoimento na delegacia, Juciano disse que atingiu a vítima “sem querer”. A defesa tentou que ele respondesse em liberdade alegando que o homem é réu primário, tem trabalho registrado, endereço fixo, é casado e pai de seis filhos. Entretanto, a juiza Anuska Felski da Silva não concordou. Em justificativa da prisão preventiva do homem, ela disse:
“Considerando o contexto social de violência em relação às mulheres, demonstra que medidas cautelares alternativas são insuficientes para evitar que o réu venha novamente dirigir embriagado, insultar mulheres supostamente desconhecidas na rua e agir de modo a ceifar-lhes a vida, o que, sem dúvida, gera intranquilidade no seio social, e reclama a medida extrema”.
Juciano foi enquadrado pelos crime de homicídio por motivo torpe, com pena de 12 a 30 anos de prisão, e por dirigir embriagado, com pena de seis meses a três anos, além de perder o direito de dirigir. Segundo a PM, o homem tem passagens policiais por injúria, difamação, lesão corporal dolosa contra mulher e perturbação do trabalho e sossego alheio.
Contraponto
Procurado pela reportagem do Santa, o advogado Nilson Fernandes, que representa Juciano, disse que não está autorizado a falar sobre o caso.
Continua depois da publicidade
Leia também
Até quando vai chover em SC e por que esse frio em pleno outubro?
Conheça em fotos as 12 praias de Santa Catarina com selo Bandeira Azul
Como serão as celebrações de Nossa Senhora Aparecida nas maiores cidades de SC