Foi condenado a mais de 20 anos de prisão o homem que atropelou e matou uma jovem em Itajaí depois de assediá-la e ser recusado. O júri popular ocorreu nesta quarta-feira (9), pouco mais de um ano após o crime. À época, Vanessa Tamyris de Oliveira Machowski, 18, chegou a receber atendimento médico, mas não resistiu aos ferimentos.
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Juciano Marinho Gomes, 37, estava preso preventivamente desde o ocorrido. Ele foi condenado a 22 anos de prisão por homicídio triplamente qualificado por feminicídio, motivo torpe e sem possibilidade de defesa da vítima. Naquela noite de outubro, conforme investigou a Polícia Civil, o réu teria passado de carro diante da garota, que esperava a chegada de um motorista de aplicativo diante da casa do namorado.
Juciano teria chamado Vanessa de “gostosa” e foi repreendido pelo companheiro dela. Os dois homens discutiram e o acusado deixou o local. Minutos depois, segundo uma testemunha, voltou à rua onde o casal estava e jogou o veículo em cima da garota, que foi esmagada contra um caminhão.
A prisão em flagrante foi convertida em preventiva. A defesa tentou que ele respondesse em liberdade alegando que o homem era réu primário, tinha trabalho registrado, endereço fixo, casado e pai de seis filhos, mas a Justiça não acatou.
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Agora, também não poderá recorrer da decisão em liberdade.
Vanessa nasceu em Rio Azul, no Paraná, e morava em Itajaí há 11 anos. Ela trabalhava como babá de duas crianças e sonhava fazer faculdade de estética.
Contraponto
A advogada de Juciano, Nelvani de Souza, explica que provavelmente recorrerá da decisão em primeira instância, mas que avaliará o resultado com calma nos próximos dias. A defesa sustenta que o homem “nunca teve a intenção” de atropelar a jovem.
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