O motorista responsável pelo atropelamento da triatleta Ina Ostrom na SC-401, em Florianópolis, foi indicado nesta quarta-feira, cinco meses após o acidente. Neste meio tempo, a atleta de 27 anos já gastou mais de R$ 10 mil com cirurgias e tratamento. As informações são do G1 SC.

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Ela foi atropelada no acostamento enquanto andava de bicicleta, pouco depois das 7h de 25 de setembro de 2016, um domingo, na altura do km 8,4 da rodovia, no norte da Ilha. O motorista do carro, um jovem de 20 anos natural de Tubarão, fugiu do local sem prestar socorro. Posteriormente ele foi identificado e prestou depoimento.

A defesa do motorista, que não teve o nome divulgado, diz que tenta uma conciliação com a vítima. O advogado do suspeito disse que não vai se manifestar sobre a versão do que ocorreu no dia do acidente enquanto o processo judicial não for concluído.

Conforme o delegado da 5ª Delegacia de Polícia, Otávio César Lima, o motorista foi indiciado por lesão corporal culposa (sem intenção) e omissão de socorro. A previsão é que o inquérito seja encaminhado à Justiça nesta quinta-feira.

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Sem caminhar

Desde 25 de setembro, Ina depende dos amigos, familiares e da companheira, Maíra Scirea, para encarar a rotina. São mais de seis horas diárias dedicadas ao tratamento da saúde, com sessões de fisioterapia em casa e em um centro de reabilitação. Ina perdeu oito quilos desde o acidente e não caminha sozinha.

— Tudo que eu queria, atualmente, é poder fazer o básico. Tomar banho sozinha, fazer meu almoço, ir ao supermercado — disse a triatleta ao G1 SC.

Neste período, Ina recebeu a notícia que passou no mestrado em Química, sua área de formação, na Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), mas ainda não sabe como vai cursar.

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— Não sei como vou aguentar assistir a aula, ficar lá, com a dor que sinto — complementa.