O motorista que conduzia o Audi A3 responsável por causar o primeiro dos dois atropelamentos que ocorreram no final da madrugada de domingo na saída de uma festa, em Jurerê, no Norte da Ilha, se apresentou na manhã desta quarta-feira na 7º Delegacia de Polícia, em Canasvieiras. Sérgio Orlandini Sirotsky, 21 anos, estava acompanhado de seu advogado, Nilton Macedo Machado, e durante quase duas horas prestou depoimento ao delegado Otávio Cesar Lima, responsável pelo andamento do inquérito. Ao final da oitiva, o rapaz foi encaminhado para realizar exame de corpo de delito, pois apresentou alguns ferimentos, e liberado para responder as acusações em liberdade.
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De acordo com o delegado Lima, Orlandini Sirotsky disse estar sozinho no carro no momento do choque e admitiu ter ingerido bebida alcoólica na festa em que estava no Complexo Music Park. Falou que teve um “apagão” no momento da colisão, que o impacto foi forte e não percebera em que havia se chocado. Relatou ao delegado que parou o veículo, mas ouviu gritos e muitas pessoas em sua direção, o que o teria motivado a fugir do local às margens da SC-402.
— Ele falou que tomou duas vodcas com energético. Afirmou que teve um apagão, não viu nada na hora do impacto, que foi forte. Ele diz que parou o carro, desceu, mas ao ouvir gritos e muitas pessoas se assustou e deixou o local. Ele garante não ter percebido no que bateu, disse ter ficado sabendo que eram três pessoas depois de o fato sair na imprensa — expõe o delegado.
Orlandini Sirotsky, que relatou ter se machucado com estilhaços de vidros do para-brisa do Audi, revelou ter fugido em seu veículo até a SC-401, onde o abandonou no acostamento e pegou carona com amigos. O delegado Lima afirma que o jovem está “bem machucado”, pois bateu o rosto no volante. Por isso, solicitou que ele faça exame de corpo de delito. Além disso, recomendou ao rapaz que não se ausente de Florianópolis. Lima diz que Orlandini Sirotsky vai responder por lesão corporal culposa — sem intenção de ferir — na direção de veículo automotor e omissão de socorro às vítimas.
— O enquadramento é lesão corporal culposa na direção de veículo e omissão de socorro. O rapaz está triste, como qualquer jovem de 21 anos estaria. Ele mora em Florianópolis e comentou que pretendia estudar fora, mas agora vai ter que cancelar. Agora, vamos aguardar os laudos periciais para concluir o inquérito, que ainda tem prazo de quase 30 dias — concluiu o delegado.
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