O motorista que atropelou e matou o sambista Paulo Ricardo Patrício, 31 anos, teve a liberdade provisória decretada. Ele deverá pagar R$ 3,3 mil de fiança. A decisão aconteceu após audiência de custódia nesta sexta-feira (16) à tarde. A moto em que Paulo estava foi atingida por um carro entre a Rodovia Admar Gonzaga e a Amaro Antônio Vieira no bairro Itacorubi, em Florianópolis, na noite de quinta-feira (15).
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Identificado como Carlos Tadeu Tavares, pai do ex-lutador de UFC Thiago Tavares, o homem deve cumprir medidas cautelares. A defesa do motorista afirmou que aguarda a posição da acusação para se pronunciar. Para o advogado Rubens Cabral Faria Jr, trata-se de um homicídio culposo, quando não há intenção de matar.
O pedido de liberdade feito pelo representante do Ministério Público se baseou na não constatação de embriaguez, no fato do homem ser réu primário e ter endereço fixo.
Ele terá que cumprir um toque de recolher entre 22h e 6h nos dias de semana. Nos finais de semana, deverá se recolher em casa no sábado, a partir das 13h, podendo sair somente na segunda, a partir das 6h, pelo período de seis meses. O homem deverá se apresentar em juízo mensalmente.
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Também foi imposta a proibição de se ausentar da comarca sem autorização do juízo, por mais de 15 dias, e a suspensão do direito de dirigir por seis meses. No caso de descumprimento de quaisquer das obrigações impostas, será decretada a prisão preventiva do condutor.
Vítima do acidente, Paulo Ricardo Patrício era diretor da bateria da escola de samba Embaixada Copa Lord, em Florianópolis. Ele fazia bico como motoboy. O corpo do sambista foi velado no cemitério do Itacorubi. O enterro estava marvado para a tarde desta sexta.
Figuras do samba da Capital lamentaram a morte do colega e pediram por justiça. A escola Copa Lord se manifestou desejando força à diretora de harmonia Fernanda Dutra, companheira de Paulo Ricardo. O casal estava junto há seis anos.
Sinais de embriaguez
Depois de colidir com a motocicleta de Paulo, o motorista bateu o carro em um muro. A vítima já estava sem vida quando o Corpo de Bombeiros chegou ao local. O homem foi preso em flagrante.
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A assessoria de comunicação da PMRv chegou a informar ao Hora de Santa Catarina na manhã desta sexta-feira que o motorista preso teria sinais de embriaguez e se recusou a fazer o teste do bafômetro.
Contudo, o delegado e chefe da Central de Plantão de Polícia, Laurito Akira Sato, informou que foi lavrado por homicídio culposo e que a polícia não preencheu o auto de constatação de embriaguez. Por isso, o suspeito não foi encaminhado ao médico legista para constatação de um perito.
Perguntado sobre o não preenchimento do documento, o comandante da PMRv, Marcelo Egidio Costa, disse que a posição oficial do órgão é de que o homem não apresentava sinais de embriaguez.
O coronel ainda explicou que caso o suspeito estivesse com sinais de embriaguez e o auto de contestação não fosse preenchido, isso consistiria em prevaricação, um crime contra a Administração Pública por praticar indevidamente um ato de ofício.
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