O motorista Fabricio Correa Cantarelli foi condenado a oito anos e dois meses de reclusão e dez meses de detenção nesta terça-feira, em júri popular realizado no Fórum de Joinville, por atroplear um grupo de ciclistas em 2012. A juíza Karen Schubert Reimer anunciou a decisão após dez horas de julgamento. Fabricio ainda poderá recorrer da sentença em liberdade.

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A juíza determinou ainda que o réu terá de pagar dez dias-multa, no valor individual de 1/30 avos do salário mínimo vigente ao tempo do fato e a seis meses de suspensão ou proibição de se obter a permissão ou a habilitação para dirigir veículo, por infração ao artigo 306 do Código de Trânsito Brasileiro – conduzir veículo automotor com capacidade psicomotora alterada em razão da influência de álcool ou de outra substância psicoativa que determine dependência.

A pena de multa imposta ao réu deverá ser paga no prazo de dez dias, a contar do trânsito em julgado, informou a juíza.

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Vale destacar que nos crimes apenados com reclusão, o primeiro regime de cumprimento pode ser o fechado, mas nada impede de iniciar, se houve o entendimento do magistrado, pelo aberto. Já nos crimes apenados com detenção, o primeiro regime de cumprimento não pode ser o fechado, devendo-se iniciar o cumprimento da pena pelo regime aberto ou semi-aberto.

Relembre o caso

Fabricio foi acusado de jogar o carro em cima de um grupo de ciclistas, em 2012, em um posto de combustíveis no bairro América, em Joinville. À época, dois ciclistas foram atingidos e ficaram feridos. O ato de Fabricio, ocorrido no dia 8 de outubro de 2012, foi filmado pelas câmeras de segurança do posto. As imagens das câmeras de monitoramento do posto mostram quando Fabrício chega ao local e se aproxima do grupo de ciclistas fazendo agressões verbais.

Depois de comprar uma cerveja, ele joga o líquido contra o grupo, entra no carro e vai em direção a um dos integrantes. Na sequência, vai embora, mas retorna minutos depois, quando atropela Sônia Paranhos e Geanvittório Toniolo, que tiveram de ser internados com ferimentos pelo corpo. A ação gerou revolta entre os ciclistas da cidade, que fizeram uma série de protestos.

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