Menos de dez horas depois do acidente que deixou uma pessoa morta e quatro feridas no viaduto da BR-101 sobre os trilhos do trem, na madrugada desta sexta-feira, a reportagem de “A Notícia” flagrou motociclistas trafegando na contramão da marginal que fica entre a rua Américo Vespúcio e a rua Minas Gerais, em Joinville. O trecho é onde, segundo a PRF, a motorista Carolina Lucena de Souza, de 23 anos, entrou e provocou o acidente com o veículo conduzido por Roberto Stofelli, 31, vítima fatal no acidente.

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No local, há pelo menos duas placas com um metro de diâmetro mostrando que é proibido seguir adiante, um “pare” gigante pintado sobre o asfalto e tachões no asfalto alertando os motoristas. Mesmo assim, é comum o uso do trecho como atalho entre as duas ruas. Não muito longe dali, também na zona Sul, os motoristas trafegam sobre o acostamento da BR-101, na contramão, como atalho na saída da rua Portugal, no bairro Profipo.

Segundo os moradores, a irresponsabilidade é mais comum em dias de chuva, quando os carros deixam de usar a rua sem pavimentação paralela à rodovia. Para evitar de sujar o carro na lama, os motoristas arriscam a vida no asfalto. Em pelo menos dois pontos, nos quilômetros 29 (um dos acessos secundários de Pirabeiraba) e 32 (na rua dos Bororós), não há sinalização vertical para os motoristas que entram na BR-101. Porém, há pintura clara no asfalto e tachões.

No primeiro trecho, o perigo existe principalmente no caso de o motorista não conhecer bem a região ou errar propositalmente, para tentar fazer algum atalho. No segundo, o movimento é principalmente de moradores e trabalhadores que fazem o mesmo trajeto todos os dias, o que ameniza os riscos.

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