Thiago Barleta Lima, 31 anos, deixou Belém (PA) em 2013 para vir morar em Florianópolis. Trabalhava até o começo do ano como promotor de vendas, mas há seis meses estava desempregado. Nos últimos dias, conseguiu um emprego: passou a trabalhar como motoboy em um restaurante de Palhoça, na Grande Florianópolis. O que deveria ser comemorado pela família de Thiago, no entanto, tornou-se motivo de dor e saudade na noite de sábado no Bairro Saco dos Limões, na Capital.

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O motoboy foi até a comunidade para fazer uma entrega de lanche em um edifício, às 22h30min. Estava com sua motocicleta. Ele subiu no apartamento, deixou o produto e desceu para ir embora, quando foi abordado pelo assaltante. Thiago reagiu e os dois entraram em luta corporal. Armado, o assaltante deu dois tiros no motoboy. Internado no Hospital Celso Ramos, o paraense morreu duas horas depois.

O corpo de Thiago está sendo velado no cemitério do Itacorubi. Ainda nesta segunda-feira ele será levado para Belém, onde moram a mãe e a família. Em Florianópolis o motoboy morava com a esposa, que estava grávida de quatro meses. Além disso, ele tinha alguns amigos que também vieram do Pará.

Dono de restaurante promete rever rotinas

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João Rodrigo Teófilo, empresário de Palhoça, é o proprietário do restaurante em que Thiago trabalhava. Além dele, outros 30 motoboys fazem entregas para o estabelecimento. Segundo Teófilo, esta foi a primeira vez que algum empregado foi assaltado:

— Nunca tive nada parecido com isso. Nossa profissão é perigosa, a gente já não tem apoio de nada, e agora isso nos acontece — lamentou.

Diante do crime, o empresário promete rever rotinas:

— A gente está reavaliando algumas coisas, tomando algumas atitudes. Vamos pensar diferente na hora de fazer orçamento. Teremos que reavaliar, procurar outro caminho.

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