Três mortes misteriosas chamam atenção da polícia do Litoral. Um empresário foi encontrado carbonizado após um acidente de carro, em Balneário Camboriú. Em outro caso, dois corpos foram localizados no porta-malas de um carro, em Itajaí.

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O corpo de Ari Schilke, de 69 anos, foi encontrado no começo da tarde de sábado na Rua Domingos Fonseca, no Estaleiro. O carro do empresário caiu em uma ribanceira e teria incendiado. Schilke ficou preso dentro do veículo e morreu carbonizado.

Os bombeiros confirmarem que foram chamados por volta das 13h para atender à ocorrência de que uma Kia Sportage estaria em chamas, após um acidente. O que intriga a polícia é que apenas a parte interior do veículo foi queimada.

De acordo com a Polícia Civil, dentro do carro foi encontrada uma caixa de fósforo e um recipiente que supostamente estaria transportando gasolina. A operação para a retirada do corpo de dentro do veículo demorou mais de quatro horas.

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Devido ao estado do corpo, não foi possível identificação visual. Com os documentos e mais tarde com os exames, a identidade do Schilke foi confirmada.

De acordo com a polícia, a possibilidade de o incêndio ter sido causado por algum problema mecânico do carro foi descartada. A perícia recolheu os materiais para investigação e a delegada já teria solicitado à Autopista Litoral Sul imagens do caminho percorrido pelo empresário para confirmar se havia mais alguém no carro.

A polícia ainda afirma que serão investigadas a possibilidade de homicídio, morte acidental e de suicídio.

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Suspeita de latrocínio em Itajaí

Em Itajaí, dois homens foram encontrados mortos dentro de um carro, no Bairro Canhanduba, no sábado. Alexsander da Silva, de 27 anos, e Leonardo Rodrigues, de 26, foram mortos a tiros. Alexsander era ex-funcionário de uma rede de hotéis em Itajaí. Já Leonardo, a outra vítima, era gerente de um posto de combustíveis que fica no Bairro Monte Alegre, em Camboriú.

Eles foram encontrados amarrados e amordaçados dentro do porta-malas de um veículo C4 Pallas, que seria de Leonardo. De acordo com Ana Paula Bezerra da Silva, prima de Alexsander, os dois eram amigos e moravam juntos há cerca de dois anos.

– Ainda estou chocada, ele não tinha inimigo nenhum, não entendo o que pode ter acontecido. Foi muito de repente, os pais dele ainda não sabem que ele morreu – contou, ontem à tarde.

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Ana Paula ainda conta que Alexsander morava em Santa Catarina há oito anos e teria vindo de Pernambuco, onde os pais ainda residem. A prima diz que foi avisada na tarde de ontem sobre o crime, que teria ocorrido na madrugada de sexta para sábado.

De acordo com a polícia, ambos teriam sido rendidos na casa de Leonardo. Há suspeita de que tenham sido vítimas de latrocínio, roubo seguido de morte. Um notebook foi levado e há indícios de que também tenha sumido dinheiro.

O delegado Celso Pereira de Andrade, responsável pelo caso, afirma que a investigação considera, também, outras hipóteses, além de latrocínio.

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