Os acidentes com vítimas e as mortes nas rodovias federais do país caíram, respectivamente, 10% e 6% por dia durante o feriadão de Páscoa, segundo balanço nacional da Polícia Rodoviária Federal (PRF) divulgado hoje. A média diária foi de 22,5 acidentes fatais e 29,5 mortos.

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Em quatro dias, foram registrados 90 acidentes fatais, ante 125 no mesmo período de 2011. O número de mortos chegou a 117, contra 155. Os acidentes reduziram também de 3.518, em 2011, para 2.569 este ano, assim como os feridos, que passaram de 2.223 para 1.524.

A Operação Semana Santa este ano começou na última quinta-feira, com quatro dias de duração. No ano passado, a fiscalização foi maior, com cinco dias, porque a comemoração do feriado de Tiradentes coincidiu com a Semana Santa.

Apesar da queda dos números, a imprudência é a causa de mais de 90% dos acidentes. De acordo com o balanço da PRF, 33% das mortes decorreram de colisão frontal de veículos. Depois, aparece os atropelamentos, com 13%. Das 33.267 multas aplicadas nesse período, 6.262 foram por ultrapassagens indevidas.

Para o porta-voz da PRF, Fabiano Moreno, o desejo de chegar com rapidez ao destino ainda estimula manobras arriscadas nas estradas do país.

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– Nunca se falou tanto em trânsito no Brasil como tem-se falado nos últimos anos. Isso gera uma consciência no motorista. Ainda não há uma mudança de comportamento, mas já se vislumbra uma mudança de hábito – disse.

– Às vezes, para ganhar poucos minutos, o motorista faz uma ultrapassagem em um local proibido – completou.

Minas Gerais, Estado com a maior malha de rodovias federais, lidera o ranking de acidentes (349), feridos (262) e mortes (19). Em segundo lugar, aparece o Paraná, seguido por Santa Catarina.

Durante a Operação Semana Santa, foram feitos 14.233 testes de bafômetro, equivalente a um a cada 24 segundos. Do total, 581 motoristas foram reprovados, sendo 231 presos em flagrante por dirigir embriagado.

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No mês passado, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) decidiu que o bafômetro e o exame de sangue são as únicas provas de embriaguez ao volante, criando uma polêmica, já que o motorista pode se recusar a fazer os testes.

O governo federal defende mudanças na Lei Seca pelo Congresso Nacional, entre elas, retirar da legislação a dosagem de álcool que caracteriza crime, permitindo que uma pessoa com sinas visíveis de embriaguez possa ser condenada, além do uso de depoimentos de testemunhas como provas do crime.