Mortes maternas estão sendo investigadas em Itajaí pela Polícia Civil. São mulheres que perderam a vida no hospital durante a gestação ou que tinham até 42 dias após o parto. De acordo com a Secretaria municipal de Saúde, sete faleceram no Hospital Marieta Konder Bornhausen neste ano.

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A informação foi divulgada pela jornalista Patrícia Silveira, da NSC TV, na segunda-feira (18). Nesta terça-feira (19), a unidade de saúde afirmou ao g1 SC que abriu sindicâncias e que vai enviar informações ao Ministério Público de Santa Catarina e ao Conselho Regional de Medicina.

Procurada na quinta-feira (14), a delegada Vivian de Andrade de Mattos confirmou que abriu inquérito para apurar os casos. Outros detalhes e os números das pacientes mortas, no entanto, não foram informados.

Na quinta-feira (15), a Vigilância Sanitária de Itajaí pediu uma série de documentos relacionados ao serviço de atenção obstétrica e neonatal do hospital. A instituição, que ainda não se manifestou, tem um prazo de cinco dias para encaminhar as respostas.

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Já a empresa que responde pela obstetrícia do hospital contestou os números da prefeitura e informou que foram cinco mortes registradas em 2022. Além disso, a SMB Engenharia e Medicina afirmou que as principais causas de óbito materno são a falta de assistência adequada no pré-natal e pacientes que já chegam ao hospital em estado gravíssimo.

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A empresa também destacou que, desde o ano passado, está com problemas para receber os valores contratados por parte do hospital.

O hospital é filantrópico e recebe recursos estaduais para atender pelo SUS. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) também acompanha o caso.

O que diz o Hospital

“Sobre as denúncias apresentadas, o HMMKB reafirma o seu compromisso com a excelência no atendimento à nossa população, sendo o único hospital referência em gestação de alto risco para os 11 municípios da AMFRI, o que obviamente acarreta grande responsabilidade. Em virtude dos óbitos maternos acontecidos, sob a responsabilidade das empresas médicas contratadas, sindicâncias foram abertas para apurar detalhadamente os fatos, para em seguida enviar ao MPSC, CRMSC e demais órgãos competentes. Diante do sigilo médico e respeitando os envolvidos, as informações serão prestadas apenas aos legalmente envolvidos. O Hospital luta pela cura e pela vida, se sensibilizando com os óbitos e familiares, de modo que já comunicou à empresa de obstetrícia contratada sobre o rompimento do contrato no final de julho”.

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O que diz a prefeitura

“A Secretaria de Saúde de Itajaí acompanha a situação do Hospital e Maternidade Marieta Konder Bornhausen. Neste sentido, o Estado criou um grupo condutor, onde a Diretoria de Vigilância Epidemiológica representa a Secretaria de Saúde. Nesta segunda-feira, o Conselho Municipal de Saúde receberá em sua reunião ordinária um representante do Hospital Marieta para prestar informações sobre o assunto. A Secretaria também acompanha o procedimento aberto pelo Governo do Estado, que é o gestor do contrato com a unidade, para apurar a situação”.

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