A morte de uma criança de dois anos faz de Itajaí a primeira cidade a registrar um óbito causado por gripe A no Estado em 2012. Luana Morais Antunes morreu no último sábado, três dias após a contaminação pelo vírus H1N1 ter sido diagnosticada.
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Este é o nono caso da doença notificado em Santa Catarina desde o início do ano, e o único no município. Segundo a Vigilância Epidemiológica, não há motivo para apreensão.
– Estamos com atendimentos de quadros gripais dentro da média dos outros anos. A população não precisa se apavorar – afirma o infectologista Carlos Manuel Corrêa, diretor da Vigilância Epidemiológica de Itajaí.
Luana estava internada há duas semanas na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) do Hospital Pequeno Anjo. Os sintomas da gripe haviam aparecido dia 16 de abril. Primeiro a febre, já alta. Depois veio a tosse, falta de apetite e vômito.
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Entre os dias 19 e 21, antes da internação, a mãe, Rosana Morais, 33, relata que a criança piorou muito. Em alguns momentos, chegava a gemer e pedia ajuda para respirar.
Segundo Rosana, a notícia de que a menina havia contraído o vírus H1N1 só chegou quando Luana já estava na UTI. A mãe afirma que a família não saiu de Itajaí e que a menina não vai para creche. A forma como ela teria contraído o vírus ainda é um mistério.
Toda a família da criança está monitorando o aparecimento de sintomas para que possa passar por tratamento, se for o caso. Segundo o médico Fábio Gaudenzi de Faria, diretor da Vigilância Epidemiológica do Estado, os sinais são muito parecidos com os da gripe comum.
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Na maioria dos casos, não há complicações e o paciente nem sequer fica sabendo que contraiu o vírus H1N1. Mas há risco de a doença evoluir para quadros mais graves, como pneumonia e infecções virais ou bacterianas.