A morte da jovem universitária Dâmilly Beatriz, em Blumenau, gerou comoção na internet nesta semana. Aos 18 anos, a estudante perdeu a vida por causa de uma “bactéria agressiva e de difícil reversão”, contou a mãe da acadêmica. A porta de entrada teria sido uma espinha que ela tinha no rosto.

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Conforme Daniela Veiga, a filha foi infectada por uma bactéria chamada de Staphylococcus aureus resistente à meticilina (MRSA). Isso gerou uma infecção generalizada e levou à falência múltipla dos órgãos. A morte ocorreu no fim da tarde de segunda-feira (12).

A família contou à NSC que a estudante procurou atendimento médico no fim da semana passada por causa de dor no pescoço. Recebeu medicação e foi liberada. No sábado (10) a situação não tinha melhorado. No domingo (11), quando a mãe foi acordar a filha, percebeu o rosto inchado de Dâmilly.

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A universitária foi para o Hospital Santa Isabel e começou a busca por uma vaga na UTI. O quadro piorou rapidamente e no dia seguinte ocorreu a morte.

“Os profissionais não mediram esforços na tentativa de reversão do quadro. Com muita agilidade desde a chegada ao hospital no domingo, rapidamente direcionando para a UTI, até o momento do óbito”, desabafou a mãe nas redes sociais.

Dâmilly era filha única e se mudou de Timbó para Blumenau em janeiro, quando começou a faculdade de Biomedicina na Furb.

O que é a bactéria Staphylococcus aureus

A bactéria que provocou a morte da universitária de Blumenau nesta semana também foi responsável pelo falecimento do pequeno Arthur Araújo Lula da Silva, neto do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 2019. O garoto tinha apenas sete anos de vida.

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A Staphylococcus aureus é comum: vive na pele de até 20% da população mundial. Mas, em casos raros, pode entrar no organismo através de machucados, hematomas ou cortes, cair na corrente sanguínea, causar uma infecção generalizada e provocar a morte em poucas horas.

— A infecção por Staphylococcus aureus imita um quadro de meningite. É difícil de diagnosticar porque o paciente evolui muito rápido, a bactéria demora para crescer nas culturas (de análise em laboratório da proliferação das bactérias) e a gente só fica sabendo depois se é de fato ela — explicou à época o infectologista Claudio Stadnik.

De acordo com o especialista, não há exame clínico capaz de separar as duas infecções, ambas causam rigidez de nuca, náuseas, vômitos e crises convulsivas.

— É uma infecção que não acontece fácil, mas todo médico de emergência e infectologista tem receio de deparar com esse tipo de estafilococos, porque é uma luta árdua entre a vida e a morte — frisou.

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Das espécies de estafilocos, a Staphylococcus aureus é a mais perigosa.

Medidas de prevenção incluem higienizar as mãos e não coçar feridas, machucados ou espinhas. O tratamento é com um derivado da penicilina, antibiótico comum em hospitais. No entanto, dada a rápida evolução e a dificuldade de diagnóstico, o perigo é alto.

A infectologista Sabrina Sabino explica como age a bactéria no organismo e quais os cuidados recomendados para tentar evitar um quadro grave.

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