A morte de um preso na Central de Triagem do Bairro Estreito, localizado em meio à área residencial de Florianópolis, retrata ainda mais o quadro crítico instalado no lugar.
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Superlotado, o cadeião, como é chamado, gera insegurança e medo aos moradores da região.
O detento Anderson Felipe Domingos foi encontrado morto em uma cela, no domingo. A morte será investigada por policiais da Delegacia de Homicídios, em Florianópolis.
O lugar é considerado bomba-relógio por estar superlotado. De acordo com nota divulgada na tarde desta segunda-feira pelo Departamento de Administração Prisional (Deap), aparentemente foi suicídio.
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No texto, o Deap afirma ter acionado no mesmo dia a Corregedoria da Secretaria de Estado da Justiça e Cidadania, o Instituto Geral de Perícias e a Delegacia de Homicídios.
O DC tentou ouvir o diretor do Deap, Leandro Lima, mas ele estava em reunião à tarde e não atendeu as ligações feitas ao celular.
Policiais ouvidos pelo DC disseram que não havia marcas de agressão no detento. Ainda, conforme os policiais, o preso estaria ameaçado de morte pela facção criminosa Primeiro Grupo Catarinense (PGC).
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Eles suspeitam que possa ter sido pressionado psicologicamente a tirar a vida ou, se não o fizesse, seria morto.
– É preciso ouvir os presos para saber o que houve. O que ouvimos é que esse seria o novo modo de atuar da facção com os decretados: ou tira a vida ou é morto – relatou um policial à reportagem.
Até o mês passado, o local abrigava 150 homens. A unidade recebe detentos provisórios levados das delegacias da Capital.
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