A Polícia Civil investiga a morte da modelo catarinense Pamela Baris do Nascimento, 26 anos, que morreu na quarta-feira, 17, durante uma lipoaspiração no bairro Ipiranga, em São Paulo. A família da modelo mora em São Francisco do Sul, Norte do Estado, e está na capital paulista na tentativa de identificar o que houve com a jovem.

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Pamela foi sepultada no sábado, dia 20, e seu pai Adilson Alves, 47 anos, diz que a intenção é processar o hospital responsável pelo procedimento. Ele conta que Pamela morava sozinha em São Paulo há três anos, era solteira, e saiu da cidade natal com 19 anos para estudar e trabalhar como modelo.

Primeiro foi para Curitiba, onde estudava medicina. Depois recebeu propostas para atuar como assistente de palco em programas de televisão e se mudou para a capital paulista. Ela é a única dos cinco filhos que saiu da cidade natal para estudar e trabalhar e completaria 27 anos no dia 9 de novembro.

– O médico que fez a cirurgia ligou avisando da morte. Ficamos surpresos e nem acreditamos de início, ninguém estava sabendo dessa operação, ela não nos contou. Era bem independente, pagava seus estudos, se virava – conta Adilson.

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O caso só foi registrado na delegacia nessa segunda-feira pela tia de Pamela, que viajou até São Paulo. Segundo o delegado, Evandro Lemos, ela morreu na mesa de cirurgia depois de uma perfuração no fígado seguida de uma hemorragia. A atriz, que já tinha passado por duas cirurgias em outras ocasiões, chegou a receber duas bolsas de sangue, mas não resistiu.

O que intriga a equipe de investigação, segundo o delegado, é a demora do médico em comunicar o fato à polícia. O pai da modelo confirma que ele só ligou para a família.

– Ele nos ligou dizendo que ela tinha morrido, mas não disse como, nem onde, nada. Por isso, a tia dela teve que viajar até lá para saber o que houve – disse.

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Ainda segundo a polícia, o médico tem registro, o hospital é habilitado e tem os equipamentos adequados para fazer a cirurgia e tudo indica que o procedimento foi realizado de forma correta, mas, pelo médico não ter comunicado o fato à polícia, poderá responder por fraude processual.