Pai de três crianças, Alison Romão Miranda era dono de um guincho em Florianópolis antes de ser carbonizado dentro do próprio veículo de trabalho em São Pedro de Alcântara, cidade vizinha. O corpo de Alison foi localizado na segunda-feira (27), após a Polícia Militar de Antônio Carlos receber informações de que um homem de 31 anos, que realizaria um serviço de guincho na região, estava desaparecido. 

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A família da vítima revelou o drama vivido nos últimos dias. Pai de Alison, Abdias Salomão Miranda, quer respostas e deseja dar um enterro para o filho:

— Arrasaram com a família inteira. Ele era do bem, é isso que a família sabe dele. Era um guri que corria atrás, trabalhava. O que a gente quer saber é o que aconteceu, a polícia tá agindo. A gente não sabe de nada. Meu filho não tem rolo com nada, todo mundo no bairro conhecia ele. Estamos indignados, porque ele era trabalhador. A gente só quer dar um enterro decente pra ele.

A Polícia Civil confirma que o caso se tratou de um homicídio, porém, declarou que o autor do crime, as circunstâncias e o motivo ainda estão em investigação.

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Viúva de Alison, Aline Alencar do Nascimento disse que ter o próprio caminhão de guincho, onde foi encontrado pela polícia, era um sonho do rapaz:

— Ele era uma pessoa espontânea, com uma risada que era só dele, contagiante, quem conhecia sabia o coração bom que ele tinha. Tava sempre rindo. O guincho era o sonho dele, tinha pouco tempo que ele tinha conquistado esse sonho. Parece mentira. 

O guincho era um sonho de Alison, realizado há pouco tempo
O guincho era um sonho de Alison, realizado há pouco tempo (Foto: Arquivo pessoal, preprodução)

A família busca respostas para o crime. Tia e madrinha de Alison, Margarete Miranda também compartilhou a agonia que a família passa desde que o caso começou:

— Tá muito difícil pra nós, muito sofrimento para a família. Só pode ter sido por causa de uma coisa boba. Porque ele era um menino trabalhador, que tem uma família. Ele era pai de três crianças, de dois, três e 10 anos. Fizeram uma tocaia pra ele, uma coisa horrível. 

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Segundo testemunhas, por volta das 22h30 de domingo (26), Alison saiu do bairro Córrego Grande, em Florianópolis, para realizar um serviço de guincho, mas não retornou para casa.

As equipes, então, passaram a fazer buscas na região, com o apoio da localização do celular do desaparecido. Foi então que, por volta das 15h, o guincho foi encontrado incinerado em uma estrada que fica no limite entre os municípios de Antônio Carlos e São Pedro de Alcântara, ambas na Grande Florianópolis.

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