A Polícia Civil investiga a morte de um ex-agente penitenciário em Florianópolis. André Ricardo Bohn, 49 anos, foi identificado nesta quinta-feira (2). O corpo dele havia sido encontrado no último dia 24 de junho às margens de uma trilha no bairro Monte Verde, carbonizado e com diversas marcas de agressão.

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Segundo o delegado Ênio Mattos, titular da Delegacia de Homicídios da Capital, o homem morreu devido a múltiplos traumatismos.

— Ele tinha marcas de agressão no corpo inteiro, principalmente na cabeça — relatou.

Conforme o delegado, ainda não há suspeitos do homicídio. Ênio também declarou que, a princípio, não acredita que haja relação com o fato de a vítima ter atuado no sistema prisional, “porque ele estava fora há muito tempo”, mas acrescentou que “nenhuma hipótese está descartada”.

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— Tem mais a característica de vingança, mas vamos ver. Estamos trabalhando na investigação — declarou o delegado.

André Ricardo Bohn morava na Lagoa da Conceição, em Florianópolis. Segundo a assessoria de imprensa do Departamento de Administração Prisional (Deap), André atuou como agente penitenciário em caráter temporário. O período em que ele trabalhou na função não foi informado.

Ex-agente cumpria pena em regime aberto

Segundo a assessoria do Tribunal de Justiça (TJ-SC), André atualmente cumpria pena em regime aberto, quando o apenado precisa dormir num albergue. O crime não foi especificado. 

Ele foi condenado a penas restritivas de direito consistentes em prestação de serviços comunitários, mas não cumpriu parte delas. Por esse motivo, teve mandado de prisão expedido em junho do ano passado, para cumprir pena de 1 ano e 26 dias no regime aberto, condição em que estava desde o segundo semestre do ano passado.

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Em junho de 2011, o ex-agente penitenciário foi acusado de atirar e matar um adolescente de 13 anos na saída de uma festa na Lagoa da Conceição. Em 2013, o Tribunal do Júri entendeu que André agiu em legítima defesa e ele acabou inocentado do crime de homicídio.