Mais duas mortes em rodovias de Santa Catarina foram registradas na noite de quinta-feira (12). Em comum, vítimas jovens, de 24 e 25 anos. Essas tragédias no trânsito se somam a outras que aconteceram nos últimos dias, acendendo novamente o alerta quanto à violência nas estradas catarinenses. Já passa de 10 o número de vidas perdidas em rodovias em menos de sete dias.

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Em Taió, na SC-114, Fabrício Alves, 24 anos, colidiu a moto que pilotava contra um ônibus de viagem. O corpo de bombeiros militar chegou a ser acionado, mas ele não tinha mais sinais vitais. A morte dele gera comoção nas redes sociais, com amigos e familiares lamentando a perda precoce do morador do Alto Vale.

Mais de 100 quilômetros dali, outra morte. Gleyson Pereira, 25 anos, conduzia a moto pela BR-282, em Lages, quando bateu na traseira de uma caminhão. Os bombeiros também foram chamados, mas nada pôde ser feito. O óbito foi confirmado às 21h. 

Acidentes como os que tiraram a vida de Fabricio e Gleisson marcaram os últimos dias em SC. No último fim de semana, quando foi comemorado o Dia dos Pais, pelo menos oito motes foram registradas em rodovias catarinenses. O quádruplo do notificado no mesmo período no ano anterior.

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Em entrevista ao Diário Catarinense na segunda-feira (9), o especialista em Segurança no Trânsito, Emerson Luiz Andrade, mencionou dois fatores que ajudam a entender o aumento no número de acidentes fatais: fim das restrições de combate à pandemia e imprudência. 

— Esse momento que a gente passa, de relaxamento [nas medidas de restrição] e de vacinação, acaba contribuindo. As pessoas estão indo com muita sede ao pote. Tentando recuperar o que não puderam fazer ano passado, indo visitar seus pais — reflete o Andrade.

O especialista alerta que é necessário mais cuidado no trânsito para que se evitem mortes. Ele fala em “pandemia da imprudência”, algo que ainda não tem vacina. 

— O desrespeito às regras de trânsito ainda é uma pandemia que não tem vacina. Veio o coronavírus e a ciência em um curto espaço de tempo conseguiu ofertar vacinas, mas infelizmente nessa pandemia [de imprudência no trânsito] ainda não há vacina. A única saída seria a consciência — comentou.

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