A ONG Viva Bicho, dedica a ajudar animais abandonados em Balneário Camboriú, está enfrentando uma superlotação. Já são quase 700 cães e gatos acolhidos na propriedade e o espaço não comporta mais a grande demanda. Aliado a isso, faltam profissionais para dar conta de cuidar de tantos bichos.
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Confinados em áreas pequenas, ao menos sete cachorros morreram por causa de brigas e outros ficaram feridos, somente nos últimos 45 dias. A equipe da entidade divulgou um vídeo mostrando o cenário triste e fez um apelo por ajuda, nesta quarta-feira (14).
A prefeitura de Balneário Camboriú tem um convênio com a entidade, para que ela receba os animais feridos, abandonados ou vítimas de maus-tratos recolhidos na cidade. Em contrapartida, para custear o serviço, o governo paga cerca de R$ 90 mil.
Porém, para manter o mínimo da estrutura, são necessários R$ 130 mil. O déficit vem de doações da comunidade.
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Patrícia De Biasi, integrante da ONG, argumenta que os números de acolhimentos versus o de adoções não caminham no mesmo ritmo. Somente no segundo semestre deste ano, 514 animais foram acolhidos e apenas 334 adotados.
O resultado da demora para encontrar um lar para os pets é a superlotação. São cerca de 600 cães e 80 gatos acolhidos em um terreno. No local há 150 baias, e todas estão cheias.
— O abrigo que deveria servir para acolhimento, tratamento e adoção vem sendo de acolhimento, tratamento e permanência — pontua a voluntária.
O número de pessoas trabalhando no abrigo também impõe desafios. Os 15 profissionais não dão conta de cuidar e manter uma estrutura com quase 700 animais. Seria preciso reforçar a equipe, para ampliar o horário com pessoas trabalhando no abrigo.
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A principal solução, pontua Patrícia, seria a ONG conseguir um terreno próprio e fazer uma construção planejada para receber os animais da melhor forma. Hoje o espaço onde ficam os bichos é cedido e as baias foram sendo erguidas conforme a necessidade.
— Não é uma questão de investimento público, mas de conscientização da comunidade para não abandonar, adotar e se voluntariar também — diz Patrícia, ao reiterar que prefeitura e empresários da cidade podem contribuir para ter um abrigo novo.
A solução depende de diálogo e ajuda:
— Hoje, pelo certo, seria fechar as portas até diminuir pela metade os animais. Mas a gente sabe que isso é “impossível” de fazer. Então o que a gente vai fazer, ainda não sabemos — conclui.
A reportagem entrou em contato com a prefeitura de Balneário Camboriú para saber quais medidas o governo pode adotar diante da situação relatada. Não houve retorno até a publicação desse texto.
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