O Ministério da Agricultura descartou, nesta sexta-feira, que a morte de um animal no Paraná em 2010 tenha sido causada pela doença da vaca louca (ou encefalopatia espongiforme bovina, a EEB).

Continua depois da publicidade

De acordo com comunicado divulgado nesta manhã, o Brasil não possui EEB e corre “risco insignificante” com relação à doença.

Conforme a nota do Ministério, os exames mostraram que o animal possuía o agente causador da EEB, porém, não manifestou a doença e nem morreu por esta causa. O governo aguardava o resultado de testes realizados no Reino Unido com amostras do animal para confirmar se de fato ocorreu a doença, inédita no Brasil.

Caso fosse confirmada a doença, o Brasil, que é um dos maiores exportadores de carne bovina, poderia sofrer restrições de outros países. Em 2005, o país registrou a ocorrência de febre aftosa em rebanhos bovinos do Mato Grosso do Sul e a exportação de carne foi afetada.

Entenda a doença da vaca louca

Continua depois da publicidade

A encefalite espongiforme bovina, nome científico do mal da vaca louca, foi identificada pela primeira vez no Reino Unido, em 1985. A doença provoca a degeneração do sistema nervoso central.

O mal se caracteriza pela aparição de sintomas de nervosismo nos bovinos, que os leva invariavelmente à morte num período que pode variar de um a seis meses. A doença também pode atingir humanos, causando e demência e morte.

Confira a íntegra da nota do Ministério da Agricultura:

Em relação às matérias veiculadas em alguns veículos de comunicação, no dia de hoje, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento esclarece que:

Com relação à morte de uma fêmea bovina ocorrida no estado do Paraná, em 2010:

1) Trata-se de um caso antigo, de 2010, ocorrido no Paraná;

2) O que foi detectado é que o animal possuía o agente causador da EEB, porém, não manifestou a doença e nem morreu por esta causa;

Continua depois da publicidade

3) O episódio não reflete risco algum à saúde pública ou à sanidade animal, considerando o que o animal não morreu em função da referida doença;

4) A OIE (Organização Mundial de Saúde Animal), em comunicação oficial mantém a classificação do Brasil como país de risco insignificante para EEB;

5) O Brasil não tem EEB.