A dança clássica no Brasil perdeu um de seus nomes mais respeitados na tarde desta terça-feira (17). Toshie Kobayashi morreu aos 67 anos, em São Paulo, de infecção generalizada, segundo laudo médico. Ela será sepultada hoje, às 16 horas, no Cemitério do Morumbi, na capital paulista.

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Toshie começou a dar aulas de balé em 1970, e, desde então, construiu um currículo riquíssimo como professora e coreógrafa, palestrante e jurada de concursos. Os diversos prêmios levaram seu nome a ser reconhecido internacionalmente, sendo inclusive membro da Royal Academy of Dance, de Londres.

Ela desenvolveu uma técnica de ponta particular, que já levou seus alunos a conquistarem diversos prêmios mundo afora, além de possuir um talento peculiar para fazer desabrochar a técnica de suas pupilas. Atualmente, sua principal ocupação era coaching, preparação de bailarinos para competições.

A ligação de Toshie com Joinville sempre foi íntima. Jurada por 12 anos – sua primeira participação foi em 1985 -, integrou o Conselho Artístico do evento durante os primeiros anos do Instituto Festival de Dança (1999-2001). Seus cursos, que ministrou por mais de 20 anos, esgotavam as vagas rapidamente e estavam sempre lotados. Como professora, atuou no Festival até o ano passado, quando deu o curso de balé intermediário. Além disso, era uma expectadora assíduo das noites de apresentações.

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Para completar, Toshie era madrinha da Escola do Teatro Bolshoi no Brasil.

Na segunda-feira, a maitre havia sido anunciada como membro da comissão julgadora do Prêmio Desterro – Festival de Dança de Florianópolis, para avaliar balé clássico e balé clássico de repertório.