O soldado Rodrigo Weber Volz, de 31 anos, morreu nesta quinta-feira (24). Ele foi baleado três vezes durante um confronto com um atirador em Novo Hamburgo, no Rio Grande do Sul, entre a madrugada e a manhã desta quarta (23). O conflito ocorreu depois de uma denúncia de maus-tratos. O atirador morreu ainda na quarta, no local.

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A morte do policial foi confirmada pelo governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB). “Mais um herói que perdemos nessa tragédia brutal. Um homem que honrou ao limite seu juramento de proteger a sociedade, mesmo com o risco da própria vida. Toda solidariedade aos familiares do Rodrigo, à sua esposa Aleissa, também soldado da BM, e à família brigadiana nesse momento de dor irreparável”, escreveu o governador em uma rede social.

Atirador deixa mortos e feridos no RS após denúncia de maus-tratos

Outro soldado, João Paulo Farias Oliveira, também ferido no confronto, segue internado na UTI. “Mantemos as orações pela recuperação do soldado João Paulo Farias Oliveira, ainda internado em UTI, e também das demais vítimas desse crime que impõe reflexão sobre a sociedade que queremos para o futuro”, disse Leite.

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A Brigada Militar do Rio Grande do Sul também emitiu uma nota de pesar pela morte do soldado:

“Com grande tristeza a Brigada Militar do Estado do Rio Grande do Sul reforça seu luto em razão do falecimento do Sd Rodrigo Weber Volz, morto em combate ao lado de seu companheiro de farda, Sd Kirsch. O Sd Rodrigo Volz tinha 31 anos, ingressou na Brigada Militar em 2016 e pertencia ao 3° Batalhão de Polícia Militar, em Novo Hamburgo. Deixa esposa.
O militar, assim como seu colega de farda, foi vitimado durante o cumprimento do dever, dedicando a própria vida pela segurança do povo gaúcho.
Os atos fúnebres serão informados posteriormente.
A instituição reforça seu comprometimento para com a família, amigos e colegas de farda dos nossos heróis brigadianos.”

Entenda o caso

Os policiais foram acionados às 22h de terça-feira (22), após uma denúncia de maus-tratos contra um casal de idosos.

— Nesse momento o atirador começou disparos contra todos, já alvejando dois policiais militares — informou o secretário estadual de Segurança Pública, Sandro Caron, em entrevista coletiva no Batalhão de Polícia Militar de Novo Hamburgo.

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O tiroteio chegou ao fim somente na manhã dessa quarta-feira (23), quando a polícia confirmou a morte de Edson. De acordo com a corporação, ele foi morto durante um confronto com o Batalhão de Operações Policiais Especiais (Bope).

Durante o ataque, foram mortos o irmão de Edson e o policial Everton Kirsch, 31, que foi atingido por um tiro na cabeça. O agente estava na Brigada Militar do Rio Grande do Sul desde 2018 e foi lotado em Novo Hamburgo ainda neste ano. Kirsch deixa a esposa e um filho de 45 dias.

O governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite, se manifestou em solidariedade à morte do policial militar.

“O soldado Everton, com apenas 31 anos, deu sua vida para proteger a sociedade gaúcha. Ele era esposo, pai de um bebê de 45 dias e, acima de tudo, um herói. Que sua coragem e dedicação nunca sejam esquecidas. Meus sentimentos à família e o desejo de rápida recuperação aos feridos”.

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Em estado grave no hospital estão a mãe e a cunhada do atirador. Outro agente de segurança está em estado gravíssimo. No total, nove pessoas foram feridas.

Atirador tinha esquizofrenia

autor do ataque a tiros sofria de esquizofrenia, conforme apuração prévia da Polícia Civil. O caminhoneiro Edson Crippa também já havia sido internado ao menos quatro vezes em instituições psiquiátricas.

Mesmo com o diagnóstico e histórico de internações, o atirador tinha registro como CAC (colecionador, atirador desportivo ou caçador), além de quatro armas no nome dele: uma pistola 9 milímetros, uma pistola 380, uma espingarda de calibre 12 e um fuzil. Na residência, a polícia também encontrou mais de 300 munições intactas.

O pai do caminhoneiro, Eugênio Crippa, 74, morto no ataque, também tinha esquizofrenia, como aponta a investigação preliminar e depoimentos de familiares.

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*Com informações da Folha de S. Paulo e do g1.

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