Morreu nesta terça-feira (22) o homem de 53 anos que foi baleado na cabeça pelo próprio filho. O crime ocorreu no dia 20 de maio, na casa onde os dois moravam, em Brusque. A vítima estava internada em estado grave no Hospital Azambuja desde então.

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Segundo o delegado Alex Bonfim, o garoto de 14 anos passa a responder por homicídio consumado. Entretanto, pouca coisa muda na prática, porque a pena máxima para menores infratores é de três anos de apreensão, independentemente da gravidade do crime.

O filho fugiu após atirar no pai e só se apresentou à polícia seis dias depois. Atualmente ele está recolhido em um Centro de Atendimento Socioeducativo Provisório (Casep). Em depoimento, o rapaz alegou legítima defesa. Os investigadores não acreditam na versão.

— Vários fatores nos fazem desacreditar da versão contada pelo jovem. A primeira é que a vítima foi atingida enquanto estava no banheiro, ou seja, indefesa e despreparada. A outra, é que o suspeito relatou que o pai era violento, mas ele poderia optar por morar com a mãe, que também reside em Brusque — disse o delegado.

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Relembre o caso

Na tarde do dia 20 de maio a polícia foi chamada para atender uma ocorrência de tentativa de homicídio na Rua Pedro Fantoni, no bairro Bateas. Uma pessoa entrou na casa e encontrou a vítima desacordada no chão do banheiro. Bombeiros levaram a vítima ao Hospital Azambuja. 

Uma testemunha contou que pai e filho tinha discutido e que o rapaz chegou a provar o sangue do homem, sem qualquer demonstração de remorso, após baleá-lo com revólver calibre 32. Testemunhas também revelaram às autoridades que as discussões entre os dois eram recorrentes e seriam sempre por motivos banais.