Morre o jornalista Ruy Fernando Barboza

Familiares e amigos lamentam nas redes sociais a morte do jornalista Ruy Fernando Barboza, 70 anos, neste sábado. O velório será neste domingo, a partir das 18 horas, no cemitério do Araçá, em São Paulo. Atualmente Ruy dividia-se residindo tanto Florianópolis quanto em São Paulo e era editor de texto da Retrato do Brasil, segundo informações de seu blog pessoal Pensamentos Divergentes.

Nascido em Paranaguá, no Paraná, em 1943, ele começou a carreira na Folha de S. Paulo, em 1963. Formando em direito, também atuou como advogado criminal e mais tarde cursou Psicanálise, Psico-Oncologia e Análise Bioenergética.

Ruy foi responsável pelo planejamento e implantação do curso de Comunicação da Universidade Estadual de Londrina e atuou em grandes meios de comunicação brasileiros como as revistas Realidade, Quatro Rodas, Playboy, Veja e a TV Globo.

A causa da morte, segundo postou o filho deRuy no Facebook, teriam complicações vindas da cirurgia para retirada da vesícula do jornalista. Amiga de Ruy, Cláudia Barbosa postou na mesma rede social a bem-humorada carta de despedida que Ruy escreveu para sua própria vesícula:

“ADEUS VESíCULA

Setenta anos juntos, meu amor, sem nenhuma briga nem discussão. Apesar de todas as minhas traições e pecados – picanhas, torresmos, quibes, tartares, dendes e olivas, chantilis, hlewis, castanhas e abacates a granel. A tudo você, processando, perdoava. Até que um dia – a última quinta feira – você teve morte súbita.

Meu luto foi dos mais doloridos desta vida. E como o primeiro médico achou que era gastrite, foi uma semana gemendo, desesperado, desencantado da vida, sem dormir, só falando palavrão com minha voz fraquinha de moribundo. Bem, amanhã me torno definitivamente viúvo de você. Nunca vou te esquecer, nem a vida maravilhosa que você me proporcionou.

Tomará que se existir céu haja um lugar de honra para as vesículas e sei que lá você terá um lugar de destaque, ao lado das do Orson Welles, Hitchcock, Tim Maia, Pavarotti e outras referências culturais de nós dois, minha eterna amada!”