Morreu no início da noite desta quarta-feira o ex-prefeito de Lages Renato Nunes de Oliveira, o Renatinho (PP). Ele se tratava desde 2012 de um Mieloma Múltiplo, tipo de câncer que se desenvolve na medula óssea, e morreu no Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, em Lages. O político deixa esposa, seis filhos e duas netas.
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O velório ocorre no Cemitério Parque da Saudade. O sepultamento será no mesmo local, às 17h de quinta-feira.
O governador Raimundo Colombo lamentou o falecimento do ex-prefeito:
– Perdemos um amigo de muitas lutas. Tive um convívio muito próximo com ele e pude ver o trabalho importante que realizou na Prefeitura e Lages. Foi um profissional de respeito que veio de uma origem muito humilde e fez um esforço enorme para estudar e se formar em direito.
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O governador lembrou da última vez que esteve com Renatinho, dia 22 de agosto, no hospital em Lages.
– Já sabíamos que o quadro era muito difícil. Ele descansou, mas deixou um exemplo de muito trabalho, lealdade e compromisso com seus valores e com aquilo que acreditava – disse Colombo.
Atuação política começou nos anos 1980
Advogado, Renatinho tinha 68 anos e atuava politicamente desde 1980, quando passou a exercer funções partidárias, entre as quais secretário e presidente do diretório municipal do então PDS (hoje, PP). Em 2001, tomou posse como vice-prefeito de Lages, eleito na chapa que tinha Raimundo Colombo como candidato a prefeito.
Nas eleições municipais de 2004, a chapa Colombo-Renatinho concorreu à reeleição e venceu. Em 2006, com a vitória de Colombo para o Senado, Renatinho passou a ocupar o cargo de prefeito. Concorrendo na cabeça de chapa em 2008, foi reeleito com 42.634 votos, ou 46,89% da preferência dos eleitores.
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Em 2014, já se tratando do câncer, ele voltou à cena política disputando uma vaga de deputado estadual pelo PP. Recebeu 8.836, o que não foi suficiente para chegar à Assembleia Legislativa de Santa Catarina.
Renatinho era irmão do tradicionalista Sebastião Nunes de Oliviera, de 77 anos, que foi encontrado morto em sua chácara na localidade de Chapada, no interior de Lages, em 11 de agosto. A delegada Raquel de Souza Freire, da Delegacia de Investigações Criminais (DIC), responsável pelo caso, trabalha com a possibilidade de latrocínio, roubo seguido de morte.