Joinville se despede neste sábado (22) do artista plástico Antonio Mir, um dos pioneiros e mais importantes nomes da arte joinvilense. O artista plástico espanhol radicado em Joinville faleceu aos 68 anos de idade vítima de parada cardiorrespiratória em Itajaí, no Vale, onde residia há quatro anos sob os cuidados da filha, Thamara Mir.

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A morte ocorreu no hospital às 11h35 em complicação a uma anemia, conforme confirmação de seu filho, o também artista Therence Mir. “Um cidadão do mundo que sempre carregou Joinville junto dele”, lembrou Therence sobre a cidade que Antonio escolheu para viver e teve seus primeiros contatos e glórias com a arte.

E é nesta terra que ele será eternizado. O velório do artista está marcado para ter início às 19 horas deste sábado na Capela II da Mortuária Borba Gato e seu sepultamento acontece no domingo (23), às 11 horas, no Cemitério Municipal de Joinville.

Vida dedicada à arte

Nascido em Lorca, na Espanha, em 1950, Antonio Mir migrou com seus pais ainda pequeno para o Sul do Brasil, com apenas oito anos de idade. Radicou-se brasileiro e no País estabeleceu residência em Joinville, local que escolheu para viver e fez história na arte como um dos principais artistas da cidade.

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Com apenas 23 anos foi convidado para participar da Bienal de São Paulo e em sua trajetória fez parte da criação de importantes movimentos em prol da arte na cidade, como a reconhecida Coletiva de Artistas de Joinville. Morou também em São Francisco do Sul e retornou à Espanha na década de 1990, montando estúdios em Galícia, Barcelona e Puerto de Mazarron. Chegou a realizar exposições no seu país de origem, além de Itália, Estados Unidos e Alemanha.

Reconhecido internacionalmente por sua obra, o artista hispano-brasileiro precisou se afastar das telas e dos pincéis depois de ter os movimentos dificultados por uma peritonite (perfuração no intestino), que o deixou meses internado na UTI em 2008, e na sequência dependente de uma cadeira de rodas.

Apesar de mais de dez anos sem poder expressar seu talento, o legado de suas obras fica presente nos trabalhos dedicados e reconhecidos desde a década de 1970, e por seus prêmios e homenagens. Dentre as condecorações está o título de Cidadão Honorário de São Francisco do Sul, a Medalha Anita Garibaldi – esta oferecida pelo Governo de Santa Catarina, e a Medalha ao Mérito Civil da Casa Rainha Isabel, na Espanha.