O escritor Millôr Fernandes morreu na noite desta terça-feira, por volta das 21h, em sua residência no Rio de Janeiro. O corpo será velado a partir das 10h de quinta-feira, no Cemitério Memorial do Carmo, no Bairro do Caju, no Rio.
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Segundo a assessoria do cemitério, o corpo será cremado às 15h, desta quinta, no Crematório da Santa Casa. A cremação teria sido um pedido dele à família e a amigos.
O escritor chegou a ser internado por cinco meses no ano passado, na Casa de Saúde São José, também no Rio de Janeiro.
Millôr era também desenhista, dramaturgo, jornalista, e tradutor. Nascido no bairro do Méier, na zona norte do Rio, o escritor gostava de contar que o sonho de sua mãe, de ter um filho chamado Milton, foi transformado por um erro do tabelião, no cartório, quando o pai foi registrá-lo. Em vez de Milton Viola Fernandes, ele foi foi registrado como Millôr.
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>> Confira post no blog Mundo Livro sobre o escritor
Millôr escreveu seu primeiro livro aos 10 anos, depois não parou mais. Trabalhou em jornais e revistas. Na revista O Cruzeiro, durante anos a principal do país, ele assinou a coluna Pif-Paf.
Foi um dos fundadores do jornal O Pasquim, que se tornou emblema da crítica à ditadura (1964-1985). Como autor, escreveu peças de teatro, textos de humor e poesia, além de fazer exposições. Traduziu obras clássicas de Sófocles, Shakespeare, Molière, Brecht e Tennessee Williams.