O escritor, tradutor e jornalista Marcos Santarrita morreu nesta manhã de quarta-feira em sua casa, no Bairro de Copacabana, no Rio de Janeiro. O corpo está sendo velado na capela da Real Grandeza, em Botafogo, e o sepultamento está programado para esta tarde, no Cemitério São João Batista.

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Nascido em Acaraju, em 16 de abril de 1941 Santarrita tem uma vasta e consolidada obra como tradutor e ficcionista e venceu por duas vezes prêmios concedidos pela Academia Brasileira de Letras: em 2001, por sua mais aclamada obra em prosa, o romance Mares do Sul, e um prêmio de tradução em 2004, pelo conjunto da obra.

Obra

Sergipano de nascimento, mas criado na Bahia, Marcos Santarrita começou a carreira literária colaborando, com traduções e contos, para publicações baianas como o Jornal da Bahia, A Tarde e Diário de Notícias. Nos anos 60, transferiu-se para o Rio de Janeiro e foi redator dos jornais O Globo, Jornal do Brasil e Última Hora, além da revista Fatos e Fotos. Também colaborou com o jornal Folha de S. Paulo e a revista Isto é.

Na ficção, publicou mais de uma dezena de obras, entre contos e romances, com destaque para Mares do Sul, que reconstitui duas rebeliões negras na Ilhéus do século 18.

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Um dos tradutores mais conceituados do país, Santarrita verteu para o português mais de uma centena de obras, de autores de estilos e propostas tão diversas como Charles Bukowski, H.G. Wells, Henry James, Alexandre Dumas, Eric Hobsbawm, Philip Roth e Dashiell Hammett.