Aos 88 anos, morreu na manhã deste sábado no Hospital Copa D’Or, no Rio de Janeiro, o ator e diretor Sergio Britto. Um dos maiores ícones do teatro brasileiro, ele estava internado há cerca de um mês, por conta de problemas cardiorrespiratórios.

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Diretor, ator, apresentador e roteirista de cinema, televisão e teatro, Sérgio Pedro Corrêa de Britto nasceu em 29 de junho de 1923, no Rio de Janeiro. Filho de um funcionário público e uma dona de casa, ele fez medicina. Foi na universidade onde Britto teve os primeiros contatos com o teatro amador. Ele começou a carreira em 1945 e participou em 1948 de uma histórica montagem de Hamlet estrelada por Sérgio Cardoso.

Em entrevista dada à Zero Hora em 2003, Britto disse que só começou a se considerar ator de verdade depois da peça Uma Mulher e Três Palhaços (1954), de Marcel Achard.

– Fazia mais papéis de galã, até com algum reconhecimento de público e de crítica. Mas, nessa peça, eu fazia o público rir. Foi quando descobri que, sim, era ator – afirmou.

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Considerado um dos maiores atores do país, ele foi responsável pela direção de Ilusões Perdidas, em 1965, primeira telenovela produzida e exibida pela TV Globo. Apesar de seu pioneirismo na televisão, foi o teatro que o consagrou. Britto foi parte do Teatro Brasileiro de Comédia, já na fase de declínio da companhia. Com Fernanda Montenegro, Fernando Torres, Ítalo Rossi (falecido em agosto deste ano) e Gianni Ratto, fundou o Teatro dos Sete, uma das mais importantes companhias do país em 1959.

Seus 65 anos de carreira foram resumidos no livro O Teatro e Eu, lançado no ano passado. Em 2008, o ator interpretou Dom Pedro II no especial da Rede Globo: O Natal do Menino Imperador. Em 2009, o ator ganhou o Prêmio Shell com a peça A Última Gravação de Krapp/Ato sem Palavras 1.