Melina Mosimann faleceu nesta quinta-feira (18), em Joinville. Ela era natural de Blumenau, mas viveu a maior parte da vida em Joinvile. Há 15 anos era companheira do artista Juarez Machado. Ela foi peça importante para a viabilização do Institituto Internacional Juarez Machado, em Joinville, que atualmente integra a rota dos principais pontos turísticos e artísticos da região Norte de Santa Catarina.

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É lá que será o velório de Melina, na noite desta quinta-feira. A cerimônia será apenas para os familiares, por causa da proibição de aglomerações como forma de de prevenção contra o coronavírus. Melina era diretora administrativa do instituto, localizado na rua Lages, no bairro América. Ela tinha 53 anos e, há cerca de um ano, fazia tratamento contra o câncer. Ela deixa uma filha, Victoria.

Melina cresceu em uma casa na região central de Joinville e em meio às artes: seus pais eram donos da Galeria Lascaux onde, ainda na infância, conheceu aquele que um dia se tornaria seu “eterno namorado”, já que Juarez teve suas obras expostas e leiloadas por Ayrton e Marina Mosimann ainda nos anos 1970. Mais tarde, quando o pai faleceu, ela assumiu a administração da galeria ao lado da mãe.

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foto mostra victoria, juarez e melina
Com a filha, Victoria, e Juarez na abertura de uma exposição, em 2011 (Foto: Divulgação)

— Era uma casa diferente, onde os artistas entravam. O almoço era sempre numa mesa enorme de no mínimo 12 pessoas — contou ela ao relembrar a infância, em entrevista a um projeto do Shopping Mueller em 2015.

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Formada em Educação Artística, ela também estudou jornalismo. Atuou como apresentadora de programa de TV, com uma passagem de cerca de seis anos na TVCom, da RBS Santa Catarina, e foi promotora de eventos. Com a irmã, Haydée, era proprietária de uma loja de obras de arte e decoração no Centro de Joinville. 

— Meus pais batalharam muito, se dedicaram muito. Por causa deles, aprendi a não ter medo de errar e acho que foi por isso que fiz tantas coisas diferentes na vida.—

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Uma “linda história de amor”

Melina e Juarez viraram amigos depois que ambos, já divorciados e com filhos, se reencontraram em trabalhos desenvolvidos por ela: o artista era figura recorrente no programa de entrevistas na TVCom e, mais tarde, ela participou da organização do evento de inauguração do condomínio que leva o nome do artista no Centro de Joinville, momento em que o relacionamento começou.

O “namoro”, como o casal preferia tratar, tornava-se uma relação à distância quando Juarez voltava para seu apartamento na França e Melina permanecia cuidando dos projetos pessoais e do Instituto Juarez Machado em Joinville. Em alguns momentos do ano, ela partia para encontrá-lo na Europa e, em outras épocas, ele ficava em Joinville. 

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O artista gosta de contar como, no início do namoro, ao conversarem sobre o que esperavam de um novo relacionamento, havia pedido a ela: que eles simplesmente pudessem viver uma linda de história de amor.

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