O homem resgatado depois de ficar seis dias desaparecido, em uma região de pinus no bairro Restinga Seca, em Lages, na Serra Catarinense, morreu nessa segunda-feira (5). Sérgio Sadao Otaki, de 57 anos, ficou com ferimentos graves após ser vítima de um assalto e atacado por um foragido durante a “saidinha” de Natal. A vítima ficou 16 dias internada na Unidade de Tratamento Intensivo (UTI) do Hospital Nossa Senhora dos Prazeres, onde tentava se recuperar de um trauma no crânio, mas não resistiu.

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Segundo a Polícia Civil de Lages, o principal suspeito do crime seria um detento que estava foragido do sistema prisional de Santa Catarina, após a ”saidinha” de Natal, e a quem Sérgio ofereceu uma carona no dia 19 de janeiro, na região de São Joaquim.

Depois da carona, o motorista desapareceu e começaram as buscas. A investigação sobre a localização do motorista foi conduzida pela Polícia Civil em Lages, na Serra catarinense. A princípio, a apuração ouviu como testemunha outro reeducando que fez uso da saída temporária e também recebeu uma carona do idoso para voltar à Penitenciária de São Cristóvão, na região.

A Polícia Civil identificou que o veículo foi visto na região de São Joaquim, cidade natal do então suspeito, e tomou rumo ao Rio Grande do Sul. A partir disso, autoridades gaúchas também se somaram às buscas.

Por fim, o suspeito do assalto – um homem de 24 anos foragido do sistema prisional de Santa Catarina – foi preso no dia 25 de janeiro em Gramado, na região serrana do Rio Grande do Sul. A vítima foi resgatada apenas seis dias depois do sumiço, com ferimentos pelo corpo e abandonada em uma plantação de pinus.

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Criminoso teria chantageado familiares da vítima

Durante a procura, o homem foragido passou a usar a conta de WhatsApp de Sérgio, dado como desaparecido na ocasião, para pedir dinheiro a familiares dele. Já na quarta, o criminoso foi, enfim, localizado em Gramado, ocasião em que afirmou ter assassinado o dono do carro. Ele ainda indicou o local em que teria abandonado o corpo da vítima, no bairro Restinga Seca, em Lages.

O Corpo de Bombeiros Militar catarinense (CBMSC) foi acionado então para ir ao resgate de Sérgio. Ele foi achado vivo, deitado e confuso. A vítima tinha inflamação por toda a pele e um trauma no crânio.

Em um primeiro momento, o suspeito informou que o crime foi motivado por uma dívida de drogas, mas essa versão acabou sendo descartada pela investigação. De acordo com a polícia, não foram encontradas evidências de que Sérgio estivesse envolvido com uso ou tráfico de drogas.

O foragido foi conduzido pela Polícia Civil de volta ao sistema prisional, onde permanece à disposição do Poder Judiciário.

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Crime de latrocínio

Como Sérgio não resistiu ao ferimentos e faleceu em decorrência da violência sofrida durante o assalto, um inquérito policial, conduzido pela 2ª Delegacia de Polícia Civil, foi encaminhado ao Fórum com o indiciamento pelo crime de latrocínio, que prevê uma pena de 20 a 30 anos de reclusão.

O caso agora está sob análise da 1ª Vara Criminal de Lages. O autor permanece no Presídio Masculino de Lages à disposição da Justiça.

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