Morreu nesta quarta-feira (3) Herculano Vicenzi, escritor e jornalista catarinense que fez carreira em Joinville. Ele tinha 75 anos e atuou por anos na redação do jornal A Notícia. A causa da morte não foi informada.

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Natural de Taió, Herculano chegou a Joinville nos anos 1970 e formou-se em Letras. Na mesma década, passou a atuar no ramo jornalístico, profissão essa que exerceu por mais de 40 anos.

Nascido e criado na roça, a maioria de suas produções textuais era relacionada ao tema, abordando assim as atividades e as pessoas da área rural de Joinville e região. Por causa de sua proximidade com os colonos, recebeu o apelido de “Hercolono” de um antigo colega de profissão.

Durante a carreira, além de atuar em redação de jornal, também escreveu seis livros: ”Alma Verde”, que é uma coletânea das reportagens escritas pelo A Notícia; “Fundação Municipal 25 de Julho – 30 Anos a Serviço da Família Rural”; “Casos e causos”; “Legislativo de Joinville – Subsídios Para Sua História”; “Dona Francisca – Imperial Estrada da Serra” e “ Nos Fundões de Joinville”.

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Em nota, o prefeito de Joinville, Adriano Silva, e a vice, Rejane Gambin, lamentaram a morte de Herculano:

“Herculano registrou e contou as histórias da nossa gente. Histórias repletas de detalhes e curiosidades captadas por alguém que, como ele, conheceu a cultura, a rotina e o jeito de ser do joinvilense. Com certeza seu legado será sempre lembrado”, disse o prefeito.

Amigos e colegas lamentam a morte

Amigos e colegas de profissão que atuaram junto de Herculano lamentaram a morte do jornalista. Rubens Herbst, que compartilhou momentos com Herculano na redação do AN destacou a amizade entre ambos e definiu como “sorte” tê-lo tido como colega.

“É duro começar o ano perdendo uma pessoa querida. Mas a vida é assim mesmo – Herculano Vicenzi parou de sofrer para se tornar em definitivo uma lenda da imprensa joinvilense. O “repórter do mato”, o maior jornalista (e defensor inflexível) a cobrir a área rural da região Norte de SC, ranzinza bem humorado, mestre para os mais novos e, acima de tudo, ser humano invejável. Compartilho com muitos a sorte de tê-lo tido como colega por anos na redação do AN, que o tem no panteão dos grandes que passaram por lá. No espaçoso, frutífero e verdejante Campo Eterno, “Hercolono” tem um lugar de destaque”, escreveu Rubens em sua rede social.

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Rubens e Herculano foram colegas por anos no A Notícia (Foto: Arquivo pessoal)

Mariana Pereira, jornalista que também trabalhou junto do profissional, destacou a perda. “Sentirei falta desse colega que madrugava na redação, para contar histórias que ficarão eternizadas. Hercolono, como era carinhosamente chamado, sabia também ser muito generoso com as novas gerações, compartilhando conhecimento. Tive a honra de poder aprender um pouco com ele sobre a profissão, o campo e a vida”, disse.

Josi Tromm Geisler, que trabalhou com Herculano nos anos 2000, afirma que o profissional sempre tinha uma história pra contar. “Quando eu chegava para trabalhar no jornal A Notícia, às 8h da manhã, seu Herculano já estava de saída. Dizia que chegava às 5h da manhã para escrever seus textos. Logo após minha entrada matinal na redação, me desejava um “bom dia” e saía, sempre com seu chapéu. Sua personalidade, suas histórias, seus relatos, sempre ricos em cultura, me instigavam a ler seus textos. Seu Herculano descansou, mas ficou seu legado de que escrever, relatar histórias de pessoas, é uma paixão que eterniza vidas, fatos e culturas. Descanse em paz!”, escreveu.

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