Nesta segunda-feira, o escritor Júlio Dias de Queiroz faleceu aos 90 anos, em Florianópolis. Ele ocupava a cadeira nº 10 da Academia Catarinense de Letras, era membro do Instituto Histórico e Geográfico de Santa Catarina e, representando os escritores catarinenses, integrou o Conselho Estadual de Cultura entre 2011 e 2013.

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Queiroz, além de escritor, era também monge beneditino, filósofo e tradutor. Segundo informações da Academia, ele estava internado há cerca de uma semana.

O escritor publicou cerca de 30 livros (ele dizia não saber ao certo), com destaque para Perfume de Eternidade e Encontros de abismo, um dos mais recentes, publicado em 2012. Sua última obra foi Pelas frestas da caverna, lançada em 2014.

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— Ele era um excelente cronista e um grande poeta, com uma linguagem muito enxuta. Contava histórias curtas muito bem feitas. Acima de tudo, para mim, era um grande pensador. Um homem muito simples de vida, mas muito perspicaz. Tinha uma sutileza incrível de humor — conta a secretária da Academia Catarinense de Letras Lélia Pereira Nunes.

Nascido em Alegre, no Espírito Santo, veio para Florianópolis nos anos 1980, onde fixou residência. O velório será a partir das 17h, no saguão nobre da Casa de José Boiteux, em Florianópolis, sede da Academia Catarinense de Letras. O corpo será cremado ainda hoje em Balneário Camboriú.