Judith Jones, a lendária editora que resgatou o diário de Anne Frank de uma pilha de material rejeitado e que apresentou a chef Julia Child ao mundo, morreu nesta quarta-feira aos 93 anos.
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Jones, que trabalhou para o Grupo Editorial Knopf Doubleday durante mais de meio século, até 2011, faleceu em sua casa em Vermont, anunciou a editora.
“É com muita tristeza que compartilho a notícia de que a editora da Knopf de longa data -Judith Jones- faleceu”, disse Sonny Mehta, diretor e editor-chefe da empresa.
“Judith era uma lenda na indústria editorial. Quando era uma jovem assistente, resgatou o ‘Diário de Anne Frank’ de uma pilha de material rejeitado em Paris”, contou.
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O diário foi publicado na Holanda em 1947, seguido por edições em francês e alemão em 1950, antes de ser publicado em inglês na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos em 1952.
A primeira edição de “Diário de Anne Frank” nos Estados Unidos foi modesta, com 5.000 cópias, e tinha um prefácio da ex-primeira-dama Eleanor Roosevelt.
Jones também convenceu Alfred Knopf a publicar o livro de Julia Child “Dominando a Arte da Culinária Francesa”, de 1961, um grande volume que introduziu esta cozinha a gerações de americanos.
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“Não é exagero dizer que [Jones] influenciou profundamente não apenas a forma como os Estados Unidos leem, mas a maneira como cozinham”, disse Mehta.
Judith Jones manteve também uma colaboração próxima com escritores como John Updike, Anne Tyler, William Maxwell, John Hersey, Peter Taylor e Sharon Olds.
Seus autores ganharam cinco prêmios Pulitzer, cinco National Book Awards e três National Book Critics Circle Awards, e seus autores de livros de culinária venceram dezenas de prêmios, indicou a editora.
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* AFP