O premiado diretor de teatro e dramaturgo Fauzi Arap morreu nesta quinta-feira, em sua casa, em São Paulo. Ele tinha 75 anos e sofria com um câncer na bexiga. O enterro deve ser realizado na sexta-feira, às 11h, no Cemitério São Paulo.

Continua depois da publicidade

A trajetória de Fauzi Arap no teatro começou na década de 1950, quando estreou como ator no Teatro Oficina. Lá, em 1961, sob direção de Zé Celso Martinez Corrêa, participou da montagem “A Vida Impressa em Dólar”, de Clifford Odetts. Recebeu os prêmios Saci e Governador do Estado de melhor ator coadjuvante. Integrou muitas outras clássicas peças do Oficina, entre elas “José do Parto à Sepultura” (1961), escrita por Augusto Boal e dirigida por Antônio Abujamra. No Teatro de Arena, trabalhou em “A Mandrágora” (1962), de Maquiavel, encenado por Boal.

Estreou como diretor em 1965, em “Perto do Coração Selvagem”, uma adaptação de Clarice Lispector feita pelo próprio Arap. Dirigiu vários sucessos nos palcos, como “Dois Perdidos numa Noite Suja” (1967) e “Navalha na Carne” (1968), com Tônia Carrero. Trabalhou com textos consagrados e ajudou a revelar grandes nomes da dramaturgia brasileira, como Plínio Marcos, Antônio Bivar e José Vicente.

Como dramaturgo, assinou “Pano de Boca” (1975), uma reflexão sobre os rumos do teatro brasileiro nos anos 1970. Como autor, recebeu vários prêmios, entre eles Prêmio Molière, também na categoria de melhor direção, pela obra “O Amor do Não” (1977), e o da Associação Paulista de Críticos de Arte (APCA).

Continua depois da publicidade