O Brasil perdeu neste domingo (29) uma das mais reconhecidas pesquisadoras da extrema-direita e do nazismo, a antropóloga Adriana Dias, 52 anos. Em 2018, a pesquisadora da Universidade Estadual de Campinas ( Unicamp) identificou no doutorado dela 334 células extremistas organizadas no Brasil, sendo 69 em Santa Catarina. Calcula-se que as células envolvam cerca de 5 mil pessoas.
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Através do trabalho de Adriana, o Estado apareceu como em segundo lugar. Dos três grupos no Brasil que se identificavam como seções locais da Ku Klux Klan, dois estavam em Blumenau. As células são formadas por três a 40 pessoas.
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A cientista, pesquisadora e doutora em Antropologia Social tinha um câncer cerebral e recentemente havia passado por uma cirurgia. Adriana foi uma grande defensora dos direitos civis, das liberdades individuais e dos direitos dos deficientes. Ela foi responsável por encontrar, em 2021, uma carta assinada por Jair Bolsonaro em sites neonazistas, publicada em 2004. Adriana colaborou com o grupo de transição do governo Lula.
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Ativista pelos direitos humanos, ela integrou a Frente Nacional de Mulheres com Deficiência e foi coordenadora da Associação Vida e Justiça de Apoio às Vítimas da Covid-19. O Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania publicou nota de pesar pelo falecimento de Adriana.
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