O mundo felino perdeu uma senhora centenária na noite do último sábado. Cléo tinha 22 anos e 11 meses de vida, mas convertidos para a idade humana chegavam a cerca de 100 anos, já que especialistas afirmam que a contagem do tempo é diferente para as duas espécies. Normalmente, a expectativa de vida dos gatos é de 15 anos em média.

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Era por volta das 20 horas, com a saúde muito debilitada, quando ela deu o último suspiro na casa da carioca Maria Amélia d’Escragnolle Cardoso, no bairro América, na zona Norte de Joinville.

A dona da gata, bisneta de Alfredo d’Escragnolle Taunay, o Visconde de Taunay, que dá nome à tradicional Via Gastronômica de Joinville, trocou o Rio de Janeiro pela cidade catarinense há um ano e meio. Na bagagem, trouxe consigo a gatinha centenária, que encontrou ainda filhote no Passeio Público, no Centro da capital fluminense, em 1992.

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Cléo era tão pequenina que a dona teve que dar mamadeira para alimentá-la durante as primeiras semanas. Nos últimos meses de vida, a gata tinha muita dificuldade para andar e não enxergava mais. Na manhã de sábado, a dona percebeu que a felina tinha dificuldades em respirar e passava mal. Ligou para a veterinária, que afirmou haver pouca coisa a se fazer.

-Colocamos a Cléo em uma caixa e a cobrimos para não sentir frio. Ficou quietinha, até que deu uma respiração forte e morreu. Enterramos ela no jardim e colocamos um vaso bem bonito em cima. No pratinho em que ela comia, escrevi “Cléo, boa pessoa” e coloquei sobre o vaso-, conta Maria Amélia.

Cléo não deixou herdeiros porque foi castrada quando ainda era filhote. No entanto, Maria Amélia e o marido Paulo Maurício ainda têm a companhia de outros 11 gatos em casa – o mais velho agora tem 15 anos e o mais novo, sete. Cada um ocupa um espaço especial no coração do casal, assim como Cléo ainda continua viva na memória dos dois.

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