O juiz federal Sérgio Moro, da Operação Lava-Jato, decretou nesta sexta-feira a prorrogação por mais cinco dias da prisão temporária do publicitário João Santana e de sua mulher e sócia, Mônica Regina Cunha Moura. Ambos foram marqueteiros das campanhas presidenciais de Luiz Inácio Lula da Silva (2006) e Dilma Rousseff (2010 e 2014).

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A medida é extensiva à Maria Lúcia Guimarães Tavares, secretária da empreiteira Odebrecht. Todos foram presos na Operação Acarajé, 23ª fase da Lava-Jato.

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— A colocação em liberdade dos três colocará em risco a efetividade de novas diligências da espécie — destacou o juiz em sua decisão. — Como rastreamos no exterior depósitos na conta Shellbill Finance (de João Santana e sua mulher) de apenas US$ 7,5 milhões não excluo a possibilidade da existência de outras contas secretas no exterior ou no Brasil controladas pelo casal, já que as planilhas (apreendidas na residência de Maria Lúcia) indicam pagamentos bem superiores a este valor — completou o juiz.

A prorrogação da temporária do marqueteiro e de sua mulher e sócia foi requerida pela Polícia Federal e pelo Ministério Público Federal. Ao todo, 11 procuradores da República que subscrevem o pedido de renovação da custódia alegam que João Santana e Mônica “mentiram” em seus interrogatórios. Eles apresentaram versões que não convenceram os investigadores, principalmente na parte relativa a pagamentos realizados pela empreiteira Odebrecht.

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