Em entrevista ao jornal Estado de S.Paulo, o juiz federal Sergio Moro, titular da 13.ª Vara Federal Criminal de Curitiba e responsável pelos julgamentos da Operação Lava-Jato em primeira instância, defendeu a restrição do foro privilegiado a um número menor de autoridades.

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— Quem sabe, aos presidentes dos três Poderes.

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Aos 44 anos, personificação da maior operação contra a corrupção, desvios e cartel na Petrobras, ele decidiu dar sua primeira entrevista como juiz da Lava-Jato, deflagrada em março de 2014.

Moro recebeu o jornal em seu gabinete, onde apontou problemas na proposta da Lei de Abuso de Autoridade, defendida pelo presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), falou sobre o escândalo na Petrobras, alertou para o “risco à independência da magistratura” e defendeu o envolvimento do Congresso no combate à corrupção e a importância de se criminalizar o caixa 2.

Acusado pelo PT de ser um algoz do partido, o juiz afirmou à reportagem do Estadão que “processo é questão de prova” e acha “errado tentar medir a Justiça por essa régua ideológica”. Sobre atuação político-partidária avisa que não será candidato:

— Não, jamais. Jamais. Sou um homem de Justiça e, sem qualquer demérito, não sou um homem da política.

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