A campanha Vote Consciente, promovida pelo DC e OAB, com apoio do “AN”, tem objetivos claros e inequívocos: entregar aos cidadãos-informações sobre o que fazem Executivo e Legislativo; e, principalmente, dar à sociedade catarinense elementos e subsídios adicionais para poder fazer adequada escolha dos candidatos que disputam as eleições de 2 de outubro.

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A campanha se origina da convicção de que é necessário melhorar – e muito – a qualidade dos nossos representantes, tanto nas câmaras de vereadores, quanto nas prefeituras em geral. Agora que os candidatos iniciaram, na sexta-feira, dia 26, suas aparições nos horários gratuitos de rádio e televisão, a iniciativa do Vote Consciente ganha ainda mais significado.

Chegou a hora de conhecer ideias, comparar propostas, analisar comportamentos.

É do nosso voto que nascerá a construção de uma cidade com tais ou quais características. Isso porque os rumos da nossa Joinville – e de todas as outras cidades de Santa Catarina e do País – dependem de quem elegermos, já que os candidato têm suas histórias e roteiros de vida, cada um a seu modo. Agora, pedem nosso voto.

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Eles, todos, têm suas ambições. Nós temos o dever de depurar para escolher bem. Mais importante ainda, cada um dos oito disputantes professam suas convicções – mais ou menos claras – e agem de acordo com elas. Ou monitorados por pesquisas. Atenção a este ponto.

Nesse contexto, é fundamental acompanharmos o que eles fazem neste período eleitoral. É relevante compreendermos o que eles pensam. Cinco princípios essenciais devem guiar o comportamento dos votantes. 1- informar-se sobre os candidatos e partidos; 2- conhecer as atribuições de prefeitos e vereadores; 3 – avaliar propostas e planos de governo; 4 – a partir desse conjunto de dados, escolher o melhor para sua cidade; e 5 – não troque seu voto por nenhum tipo de favor.

Isso tudo é fundamental. Ainda mais porque pesquisa mostra que quase metade (45%) dos catarinenses não acompanha o trabalho dos políticos eleitos. Mais de um terço (36%) dos catarinenses não se interessa pelas eleições. E 30% das pessoas não lembram em quem votaram nas últimas eleições. Esse desinteresse prejudica a democracia. E a própria população. O voto é a arma da sociedade para dar um recado aos candidatos. O voto tanto pode ser a senha para melhorar a vida, quanto para tornar o futuro mais sombrio.

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As cidades passam por imensas dificuldades financeiras. Praticamente todas atravessam um deserto em busca de água para sobreviver. Pouquíssimos recursos disponíveis e burocracia emperram ações de governo e compõem a realidade, tão comum na esmagadora maioria dos municípios.

Numa hora dessas, quando os problemas sociais (de saúde, educação, mobilidade e infraestrutura) só crescem, um outro olhar é preciso, sem se descuidar desses pontos, evidentemente.

É a questão ética. Cada vez mais relevante, impera. Isso é uma novidade política. Nunca se falou tanto contra a corrupção como se falou nos dois últimos anos. O tema domina muitas conversas. Nos corredores de shoppings, no ambiente de trabalho, nas salas de cafezinho, nas ruas, nos consultórios, nas casas – em todos os lugares.

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O tema se incorporou ao discurso das pessoas. Com mais ou menos discernimento que se tenha a respeito dos fatos objetivos trazidos à tona pela Operação Lava-jato, a operação revelou-nos os males dos malfeitos. E abriu horizontes para a população compreender o país que somos. Sem maquiagem.

O olhar para o espaço local exige a mesma atenção e a mesma curiosidade acerca do pensamento e da história de cada um dos candidatos. Estamos a 35 dias das eleições. Parece muito tempo. Não é. Passa rápido. Por isso, atenção ao que os candidatos nos propõem.

A multiplicidade de frases que começamos a ouvir das bocas dos oito postulantes a prefeito de Joinville, às vezes, se assemelham tanto, que saber o que é genuíno ou o que é genérico exige de nós acompanhamento diário, com busca por informação de qualidade.

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Num momento histórico de desencanto com a política, é necessário recuperarmos a esperança. Se há esboço de melhora no campo da economia e dos negócios, os agentes da política precisarão fazer imenso esforço para a imagem desgastada emergir e recuperarem o respeito da sociedade.

Nas eleições deste ano, o eleitorado tem um dever. O dever de ajudar, com o voto, a excluir da política os corruptos, os ineptos, os omissos, os antiéticos, e os ficha-suja. A partir desse pressuposto, olhar para as ideias.

Eleições limpas e voto consciente são premissas para um futuro mais digno.