O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifeste sobre suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro (PL) na Polícia Federal no caso que apura suspeitas sobre o ex-ministro da Educação Milton Ribeiro.

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Em despacho desta terça-feira (28), no âmbito do inquérito que já apurava suspeitas de interferências de Bolsonaro na PF, Moraes encaminhou à PGR um pedido do senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP) que requeria a adoção de medidas em relação ao caso.

Randolfe pede que sejam tomadas providências “a fim de evitar interferências indevidas da cúpula do Poder Executivo nas atividades-fim da Polícia Federal, determinando, se for o caso, a abertura de inquérito para apurar a conduta de violação de sigilo e de obstrução da justiça do presidente Jair Bolsonaro”.

Conforme o jornal Folha de S.Paulo revelou, o delegado federal responsável pelo pedido de prisão de Milton Ribeiro afirmou em mensagem a colegas que houve “interferência na condução da investigação”.

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Bruno Calandrini diz no texto que a investigação foi “prejudicada” em razão de tratamento diferenciado dado pela polícia ao ex-ministro.

Além disso, em escuta telefônica que registrou ligação com sua filha no dia 9 de junho, Milton Ribeiro afirmou que Bolsonaro teria dito estar com um “pressentimento” de que iriam atingi-lo por meio da investigação contra o ex-ministro.

— Hoje o presidente me ligou, ele está com pressentimento, novamente, que eles podem querer atingi-lo através de mim. É que tenho mandando versículos para ele — disse Ribeiro.

*Por José Marques

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