O ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ) foi preso preventivamente por participar de suposta milícia digital responsável por compartilhar e defender ataques à democracia e às instituições. A determinação da prisão veio do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes. O político foi encontrado em casa.
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O pedido para que ele fosse preso partiu da Polícia Federal. No primeiro momento, ele não foi encontrado no endereço indicado na investigação. Em uma conta nas redes sociais, o ex-deputado disse que a Polícia Federal foi na casa da ex-mulher dele. “Vamos ver de onde parte essa canalhice”, escreveu o político.
A determinação de Moraes também pediu o bloqueio de conteúdos postados por Jefferson em rede sociais e a apreensão de armas e acesso a mídias de armazenamento.
O mandado de prisão faz parte da investigação do inquérito que apura uma organização criminosa digital. Depois do arquivamento do inquérito dos atos antidemocráticos pelo STF a pedido da Procuradoria-Geral da República, em julho, o ministro Moraes abriu um segundo inquérito.
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Esta não é a primeira prisão do ex-deputado. Roberto Jefferson já foi preso depois de sua condenação de 7 anos no escândalo do Mensalão. O político agora é aliado do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) e frequentemente ataca os ministros do Supremo pelas redes sociais.
Na terça-feira (10), um novo vídeo foi divulgado. Jefferson fazia ameaças ao presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Luís Roberto Barroso. O ex-deputado disse que não haverá eleição no próximo ano caso o voto impresso não seja utilizado.