Perto de completar um mês do rompimento de uma lagoa artificial da Casan em Florianópolis, os moradores afetados vivem a expectativa de voltar para suas casas. A empresa e a comunidade seguem em negociações para o ressarcimento dos prejuízos.

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— A cada dia que passa é mais um dia fora de casa. O sentimento é de impotência, de desespero. Olho para todos os meus vizinhos, que me viram crescer, e não consigo dar uma resposta imediata para eles, sem poder dizer o dia que eles voltam para casa — disse à NSC TV, Amanda Nicoletti, moradora que representa todos atingidos.

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O serralheiro José Valmor Romão ficou impedido de trabalhar após ter seus equipamentos estragados pela enxurrada.

— [Perdi] tudo. Carro, moto, todas as ferramentas. À noite eu fico na casa de parentes e durante o dia fico por aqui — disse Romão à NSC TV.

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A comunidade solicita à Casan a contratação de uma empresa independente para realizar o levantamento dos prejuízos, o custeio de despesas médicas e que um vigilante fique no local para realizar a segurança das casas.

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— Queremos providências, queremos voltar para o nosso cantinho. Ter a nossa vida normal como era antes — contou o morador Edson Moraes à NSC TV.

Casan diz que atendeu pedidos

A Casan diz que todos os pedidos feitos pela comunidade atingida foram atendidos e os atendimentos médico, psicológico e veterinário estão mantidos.

A empresa também afirma que custeará a avaliação estrutural das residências danificadas. Locatários e proprietários de pousadas serão compensados mensalmente, segundo a empresa, com os rendimentos que estão deixando de receber.

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A companhia informou que nesta sexta-feira (19) começa o credenciamento para que os atingidos possam receber, de imediato, um valor igual ao salário mínimo regional para despesas.

*Com informações do G1 SC

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