Os moradores e comerciantes do Morro do Alemão, no Rio de Janeiro, voltaram a viver, na noite de terça-feira, uma experiência que já não fazia parte de suas vidas desde a ocupação do morro pelas Forças de Pacificação, em novembro de 2010. Assustados com o tiroteio e sem fazer ideia do que estava acontecendo, fecharam portas e casas, esconderam-se atrás de balcões, sofás, o que havia para se proteger.
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Passada a tensão das balas traçantes, de ruas bloqueadas, do tiroteio, moradores se dividiram entre os que culpam a truculência por parte dos soldados e os que acreditam que uns poucos estão agindo sob influência dos traficantes para enfraquecer as forças de segurança.
Só há um consenso entre os moradores. Todos querem que a UPP (Unidade de Polícia Pacificadora) substitua os soldados do Exército.
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Uma faixa exibida por um morador dizia:
“Chega de Exército, queremos UPP”
A instalação de uma UPP no Alemão, prevista para o primeiro semestre deste ano, foi adiada, na semana passada, para junho do próximo ano. Hoje, o dia foi mais tranquilo.
