Moradores da Favela da Telerj, no Engenho Novo, zona norte do Rio de Janeiro, reclamaram da truculência da Polícia Militar (PM) durante a reintegração de posse do terreno, que pertence à empresa de telefonia Oi. A PM retomou nesta sexta-feira, dia 11, a área invadida há 11 dias por cerca de 5 mil pessoas na capital carioca. Ao contrário do que foi dito pelo porta-voz da PM, tenente-coronel Cláudio Costa, eles afirmaram que não tiveram tempo hábil para retirar os pertences dos barracos de madeira e papelão erguidos dentro do prédio e no entorno do terreno.
Continua depois da publicidade
Leia mais
Após confronto, policiais assumem controle em reintegração de posse
Invasores resistem com fogo e violência à reintegração de posse
– Não deu tempo de tirar nada porque eles (agentes que participaram da reintegração) chegaram com trator. Perdi tudo – afirmou Maria de Lourdes, de 60 anos.
Continua depois da publicidade
Maria de Lourdes disse que estava na ocupação desde o início, em 31 de março. Tratores e retroescavadeiras foram usados para derrubar os barracos montados na parte externa do terreno e demolir os muros na parte de trás da área para facilitar a entrada dos bombeiros para combater focos de incêndio.
– Minha filha está grávida, tem uma criança pequena e não pôde tirar nada.
Na porta da delegacia, ela aguardava que o filho de 15 anos fosse liberado. O adolescente foi preso porque estava dentro de um supermercado que foi saqueado. Nada foi apreendido com o jovem que prestou depoimento e foi liberado.
Durante a reintegração, pelo menos três agências bancárias e um supermercado foram depredados.