Os afazeres básicos do dia a dia que dependem da energia elétrica viraram um desafio na vida da família da Ivete Demin, de 44 anos, e de outros moradores da rua Ozilio Generoso da Silva, no loteamento Jardim Edilene, no bairro Paranaguamirim.
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Há seis meses, sempre que chega em casa do trabalho, Ivete fica na expectativa e não sabe se poderá contar com o recurso básico.
Segundo ela, a energia falta quase todos os dias a partir das 19 horas e deixa os moradores às escuras até a madrugada. Tomar banho ou fazer os serviços domésticos são atividades que se tornam um desafio.
-Quando chego em casa e começo a preparar o jantar, falta luz. A minha máquina de lavar também pifou por causa disso”, lamentou Ivete.
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Um dos vizinhos, Nestor José Laureano, de 52 anos, não aguenta ficar dentro de casa e, por isso, vai até a rua dar uma volta enquanto aguarda o retorno da energia.
-Isso é desgastante.
Os moradores afirmam que já chamaram a Celesc diversas vezes, porém o problema ainda não foi solucionado.
Ligações clandestinas sobrecarregam a rede
De acordo com o chefe regional da Celesc, Jeferson Arantes, o problema que ocorre na rua é social. No Jardim Edilene, segundo ele, existem famílias que vivem em uma área de ocupação e que têm ligações clandestinas, os populares “gatos”. Isso sobrecarregs a rede, provocando a queda no abastecimento.
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A situação é estudada desde janeiro. Ele afirma que já conversou com os vereadores e a solução seria legalizar a área ou desapropriar a região. Além de prejudicar os moradores que estão em área legalizada, a sobrecarga da rede causa prejuízos à Celesc com a queima de transformadores.
Uma equipe técnica foi ao local para desativar os gatos, mas sofreu retaliações dos moradores. Os técnicos precisaram acionar a Polícia Militar para conter a movimentação dos populares.
O secretário de Habitação, Fábio Dalonso, comprometeu-se a checar a situação hoje. Porém, ele afirma que o problema se estende a outras áreas de Joinville.
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-A regularização precisa ser feita de forma planejada-, afirmou.