A Ponte Wilson Seiler, que faz homenagem ao folclórico vendedor de picolés Mirelo, está sendo construída no bairro Garcia e é uma das obras que devem colaborar para desafogar o trânsito na região Sul de Blumenau. Enquanto as máquinas movem os montes de barro, ainda é difícil imaginar como a obra deve ficar quando pronta, o que ainda gera dúvidas entre motoristas e moradores do bairro sobre onde o traçado da ponte.

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Há algumas semanas, tapumes passaram a sinalizar o local onde será o acesso na Rua Hermann Huscher, o que contrariou a ideia de muita gente que apostava na ligação da Rua Soldado Moacir Pinheiro. Quando pronta, a obra vai cortar o ribeirão Garcia ligando as ruas Maria Cavilha e a Hermann Huscher — onde haverá uma rótula para acesso à Rua Paulo Eberhard.

A Secretaria de Infraestrutura Urbana de Blumenau explica que o traçado da ponte se deu por uma questão de agilidade e menos complexa. No fim da Rua Soldado Moacir Pinheiro existe uma ponte pênsil, e do outro lado, várias casas, além de um prédio. O traçado da ligação ficará como mostra a imagem abaixo, do projeto da obra.

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– A ponte foi projetada dessa forma porque é muito mais fácil de realizar. Se fosse para substituir a ponte pênsil da Rua Soldado Moacir Pinheiro, nós teríamos que fazer desapropriações e mexer ainda mais com as margens do Ribeirão Garcia, o que levaria muito mais tempo – explica Gustavo Oliveira, diretor de obras conveniadas da secretaria.

Moradores da Rua Maria Cavilha questionam o projeto, que não prevê o asfaltamento da via, que fica ao lado de onde a estrutura será erguida.

– Moro aqui há mais de 30 anos, nesse tempo todo já deveriam ter asfaltado aqui. Sofremos com enxurradas, com enchentes e com a poeira. Agora que vamos ter essas obras aqui pertinho, queria que eles aproveitassem e colocassem o asfalto, pelo menos esse trechinho da rua – ressalta o morador Eleonio Freitas, 63 anos.

A secretaria afirmou que compreende a necessidade dos moradores e está tentando incluir a pavimentação no projeto e na licitação, por meio de aditivos. Porém, nada está garantido ainda.

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Ainda de acordo com o diretor, a obra está dentro do cronograma e deve ser entregue no final de 2019. Atualmente, a construção está no estágio de colocação de concreto nas bases de uma das cabeceiras. Os funcionários da empresa que faz a obra vão entrar em férias coletivas a partir desta quinta-feira, só voltando aos trabalhos em janeiro do ano que vem.